#Destaques | 03/08/2016
Mais uma empresa está sem produção devido à intransigência dos patrões nas negociações da campanha salarial deste ano. Na manhã desta quarta-feira, dia 3, trabalhadores e trabalhadoras da Harman, metalúrgica de Nova Santa Rita, aderiram à greve da categoria e retornaram às suas casas após uma rápida assembleia do Sindicato na porta da fábrica.
Com redução recente no quadro de funcionários e optando por serviços terceirizados, a empresa segue as orientações da patronal frente ao parcelamento. Chitolina, presidente do Sindicato, falou das 19 demissões que a empresa fez e que a entidade teve que negociar para garantir maiores ganhos aos companheiros e companheiras. “Não existe redução nos lucros diante de uma crise. Existem demissões e terceirização de serviços. Portanto, o discurso de que não há dinheiro para pagar o reajuste é inadmissível”.
Ele ainda expos que um dos argumentos mais usados pelos patrões é que em campanhas salariais anteriores sempre foi concedido aumento real, porém, “eles esquecem de citar que este reajuste sempre é compensado pela rotatividade de mão de obra, que hoje corresponde a salários 40% mais baixos”.
Flavio de Souza, o Flavião, lembrou que o pagamento das contas básicas do dia a dia não é parcelado e portanto a reposição das perdas se faz necessária nos salários. O vice-presidente Silvio Bica parabenizou os trabalhadores(as) pela adesão e pela persistência em seguir na luta junto com o Sindicato e o dirigente Zé Rosales reforçou que “somente com pressão e mobilização é que se consegue movimentar os empresários para melhorar a proposta”.
Referente à carta enviada pelo sindicato patronal às empresas onde, o Sindicato é acusado de estar agindo com interesses políticos nas negociações, Chitolina lançou o questionamento: “Se estamos nos movimentando apenas por interesses políticos, como dizem os patrões, o que explica o movimento de greve que estamos realizando com a adesão total da categoria?”.
Fonte: STIMMMEC