#Destaques | 19/05/2016
Mobilizações foram convocadas por sete sindicatos
A França vive meses de intensa mobilização popular contra a reforma trabalhista apresentada pelo então presidente, François Hollande. Greves, manifestações e bloqueios foram intensificados na última terça-feira, dia 17, em várias cidades. À frente das ações, sete sindicatos franceses, que declararam guerra ao governo no mês de março.
Diante de uma grave crise econômica, a reforma trabalhista em questão busca fórmulas de flexibilidade para lutar contra o desemprego e dar às empresas capacidade de negociação. As lideranças sindicais entendem que as medidas servirão apenas para facilitar demissões, ou seja, uma reforma que favorece somente as empresas.
Para reduzir a tensão gerada, o Governo propôs penalizar os contratos temporários para favorecer a contratação por tempo indefinido, renunciou a colocar um limite às indenizações e aprovou novas ajudas aos jovens para promover a entrada no mercado de trabalho. No entanto, os trabalhadores repudiam totalmente as propostas e pedem mudanças radicais.
País enfrenta onda de protestos
Desde o anúncio da reforma, os sindicatos mobilizam trabalhadores(as) para barrar a proposta. Na última terça-feira, estradas foram bloqueadas em pontos estratégicos. Na cidade de Nantes, grande parte dos ônibus urbanos não circularam. Na Bretanha, um trem de alta velocidade foi bloqueado por pessoas nos trilhos.
Greves no transporte rodoviário de mercadorias e paralisações no setor ferroviário fazem parte de uma agenda de mobilizações instalada em março. Estivadores, marinheiros e controladores também farão greve. Nos próximos dias, mais de dez setores estarão paralisados. Segundo pesquisas de opinião, cerca de 70% dos franceses repudiam a reforma.
Fonte: STIMMMEC (com informações de El País)