#Notícias | 27/07/2015
A pedido dos trabalhadores da Maxiforja, dirigentes sindicais realizaram mobilização em frente à empresa no dia 25 de julho pra impedir a realização das horas extras importas pelas chefias. Curiosamente, a data caiu em um sábado, dia não muito comum às mobilizações sindicais. Isso aconteceu porque a empresa descumpriu o acordo de redução de jornada para evitar demissões em momentos de baixa produção. Agora, além de realizar algumas demissões, colocou os trabalhadores a fazer serão nos finais de semana, fato que desagradou a maioria.
Para os dirigentes sindicais da fábrica, a empresa claramente busca adiantar sua produção em um momento de grande impasse nas negociações da Convenção Coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos. O sindicato que, desde abril, busca na negociação coletiva um bom acordo, enfrenta uma mesa patronal irredutível nas negociações e que impõe como reajuste apenas as perdas salariais, de forma parcelada. Assim, temendo uma paralisação da categoria, a Maxiforja tira o descanso dos trabalhadores para não sofrer perdas na produção.
Comissão garante PMR
Diferente de algumas empresas da categoria, a Maxiforja ainda não concedeu uma antecipação do reajuste salarial deste ano. Porém, a comissão que desde março negociava a PLR (participação nos lucros e resultados) – conhecida na empresa como PMR (programa maxi resultados) – garantiu o benefício aos trabalhadores, que fica condicionado ao atingimento das metas, ao percentual de salários e um bônus que pode variar de R$ 600,00 a R$ 1.000,00.
A proposta havia sofrido empate em uma primeira votação, mas foi aprovada num segundo momento, com 63% dos votos. A comissão que representou os trabalhadores avalia o acordo não como ideal, mas necessário para garantir o direito dos trabalhadores.