#Notícias | 19/01/2021
Os trabalhadores e trabalhadoras na Ford em Taubaté, interior de São Paulo, penduraram os uniformes no alambrado em frente a área da fábrica na cidade. O protesto, iniciado nesta segunda-feira (18), simboliza os empregos e as famílias em risco com o fim das atividades da montadora.
Nas camisas, os trabalhadores escreveram frases de protesto e o nome de familiares. “Queremos mostrar para sociedade a quantidade de famílias, de dependentes que cada funcionário tem. É uma forma de mostrarmos para a diretoria da Ford o impacto que eles estão causando na vida das pessoas”, afirma Alexandre Santos Geraldo, que trabalha no setor de qualidade da Ford Taubaté.
Agenda de mobilização
Após o protesto na Ford, na manhã desta segunda, os trabalhadores participaram de uma assembleia conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) e aprovaram uma agenda de ações para semana em defesa do emprego.
Nesta terça-feira (19), os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e de Horizonte (CE) vão se reunir com o Ministério Público do Trabalho (MPT). E na quarta-feira (20), será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Na quinta-feira (21), o Dia Nacional de Mobilização pelos trabalhadores na Ford será marcado com manifestações em frente às concessionárias da montadora e, na sexta-feira (22), está prevista uma nova assembleia com os metalúrgicos da Ford Taubaté.
Além da agenda de ações da semana, os trabalhadores aprovaram a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília, prevista para a próxima terça-feira (26). Outra mobilização será uma carreata até Aparecida, ainda sem data definida.
Vigília continua
A vigília dos trabalhadores nas portarias da Ford Taubaté continua. Desde o dia 12 de janeiro eles estão se revezando em turnos de seis horas nas duas entradas da fábrica. Nenhuma peça ou equipamento entra ou sai da montadora.
Reunião
Representantes do Sindicato e da Ford iniciaram uma reunião na manhã desta segunda-feira (18) e segundo o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, esse primeiro contato será para organizar um canal e um calendário de negociação.
“Só depois disso é que as negociações começarão. Será um processo longo, pois queremos discussões maduras sobre a situação imposta pela montadora norte-americana aos trabalhadores brasileiros”, afirmou Claudião, lembrando que os trabalhadores têm a seu favor um acordo de estabilidade válido até dezembro de 2021.
Fonte: matéria publicada no site do Sindmetau