#Destaques | 01/06/2016
A exemplo do que faz a grande mídia em relação aos movimentos sociais, à esquerda brasileira e às lideranças políticas que hoje se opõem ao governo ilegítimo e corrupto de Michel Temer, a suposta oposição de nossa categoria, escorada num grupamento político autointitulado “Conlutas”, sem mostrar caras e nomes, resolveu mais uma vez jogar sujo em seus panfletos, desqualificando todo o trabalho que nosso sindicato e seus dirigentes desenvolvem diariamente nas fábricas, nas ruas, nos tribunais, nas mesas de negociação e na sede, em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Simplesmente, ignoram nossa luta travada por respeito à democracia e às leis sociais e trabalhistas, por acordos e convenções que garantam reajustes salariais dignos e manutenção de empregos, benefícios e direitos, e contra os retrocessos anunciados, sempre criticando e colocando defeitos em tudo o que fazemos ou, segundo eles, deixamos de fazer.
No último panfleto, por exemplo, colocam o acordo de compensação da Agco – que chamam de “banco de horas” – como um fato extremamente negativo, tanto que – inclusive no título do texto – culpam o sindicato por ter feito reuniões de negociação e por ter posição política quanto à conjuntura de demissões e fechamento de fábricas no país e quanto à necessidade do acordo, que acabou preservando centenas de empregos na Agco. Contraditoriamente, no mesmo texto, dizem que o sindicato foi omisso e “despreocupado” em defender a categoria. Como assim?
A verdade é que não tiveram o trabalho de ler e, portanto, de conhecer o acordo e seus benefícios, tanto que afirmam que ele não dá garantia de emprego. Como assim? Também criticaram os acordos feitos na General Eletric e na MWM, empresas que fecharam a produção e demitiram muitos trabalhadores. A culpa, mais uma vez, foi do sindicato e da direção.
No caso da Agco, o sindicato fez reuniões de negociação com a direção da empresa e, assim que teve uma proposta passível de avaliação e votação, chamou uma assembleia de esclarecimento. Os trabalhadores/as tiveram chance e tempo para matar as dúvidas e se certificar de que a proposta era a melhor possível. Por fim, conforme prevê a nossa Convenção Coletiva de Trabalho, fez uma votação secreta onde todos os trabalhadores e trabalhadoras puderam livremente manifestar sua vontade. A grande maioria optou por aceitar. Pelo jeito, os que se dizem oposição não participaram de nada, pois ficou claro que a proposta deu garantia de emprego para todos até o final do ano, sem descontos nos salários.
Nos casos da General Eletric (ex-Alstom) e MWM International, também foram feitas reuniões de negociação pra tentar reverter as demissões e assembleias para avaliar e decidir o que fazer. Em ambos casos, se conquistou o prolongamento do plano de saúde e o aumento das verbas rescisórias para mais 2 salários para os demitidos da GE e 2,5 salários para os demitidos da MWM. Na GE também ficou garantido o pagamento integral da PLR.
POLITICAGEM DOS TURISTAS
Infelizmente, estes que só sabem criticar e desmerecer o trabalho dos outros, só aparecem e mostram a cara às vésperas das eleições sindicais. São como “turistas” que aparecem de vez em quando pra mostrar o ar da graça. Ficam dois anos na moita, sem se envolver, sem ajudar, sem propor, sem participar, sem se posicionar… Depois, sem mostrar a cara e nomes, ficam apontando supostos erros e falhas, associando a diretoria do sindicato a determinados políticos e partidos. Ao mesmo tempo, escondem da categoria que são vinculados a políticos e a um partido que – fazendo coro com a direita – defendeu o golpe contra a democracia, apoiando a saída da presidenta Dilma por meio de um impeachment baseado numa farsa. O PSTU e seu maior líder, o “presidenciável” Zé Maria, desde julho do ano passado, vinham vergonhosamente defendendo o golpe junto com a direita que está mergulhada na corrupção. Escondem também que, em sindicatos onde a Conlutas está no comando, fecham acordos de banco de horas e de lay-off, que não dá garantias de emprego e queima o seguro desemprego. Recentemente, em São José dos Campos, o sindicato metalúrgico que está na mão da Conlutas teve a cara de pau de fazer assembleia para votar o impeachment de Dilma! Politicagem e pelegagem pura.
Estranhamente, não falam quase nada dos patrões que agora querem impor inúmeros retrocessos via Congresso Nacional. Também nada falam, criticam e se opõem aos governos Sartori e Temer, que estão tirando inúmeros direitos trabalhistas e sociais do povo gaúcho e brasileiro por meio de medidas impopulares. Afinal, estes que se dizem oposição estão a serviço de quem?
ESCLARECIMENTO
Nosso sindicato e as direções CUTistas que se sucederam nos últimos anos têm uma história reconhecida e consagrada de luta em prol da categoria e da classe trabalhadora em geral. Não existe nenhum tipo de apelegamento e tudo é feito às claras. Só não vê quem não quer ou é muito mal informado.
A prioridade do nosso sindicato hoje, diante da conjuntura, é garantir os empregos e a renda dos trabalhadores e trabalhadoras das empresas da base de Canoas e Nova Santa Rita. Quando as demissões são inevitáveis, sem possibilidade de acordo na Justiça ou com os patrões, nosso sindicato busca ampliar as verbas rescisórias e manter alguns importantes benefícios para que o trabalhador/a demitido/a enfrente com mais dignidade e segurança o período em que vai ficar desempregado/a.
Por fim, não aceitamos as ilações, as mentiras e a politicagem feita por estes que se dizem oposição, até porque eles não contribuem em nada e só sabem criticar e semear a discórdia e a divisão de nossa base metalúrgica, assim como fazem os patrões e seus representantes.
Fonte: STIMMMEC