#Destaques | 17/01/2019
Através de uma nota de esclarecimento publicada na manhã desta quinta-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que suspendeu a investigação contra o ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz. Ele era investigado por movimentações suspeitas de grandes quantias de dinheiro que teriam sido depositadas em contas pessoas de familiares do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão”, declara o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo o MP, a investigação contra Queiroz teria sido suspensa em razão de decisão cautelar ajuizada no STF. A decisão liminar (caráter provisório) foi tomada pelo ministro Luiz Fux a partir de reclamação de Flávio, na quarta-feira (16). O ministro determinou que a apuração seja suspensa até que o relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello, se pronuncie sobre a continuidade dela, após o recesso do Judiciário.
Há cerca de dois dias, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, concedeu entrevista ao portal G1 afirmando que os procuradores consideravam a abertura de um inquérito mesmo sem os depoimentos de Queiroz e os outros envolvidos nas investigações – que incluem sua fila e esposa, além da família Bolsonaro.
A investigação começou a partir de um relatório da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que identificou transações incompatíveis com a renda do ex-assessor. O relatório originou 22 investigações que incluem nomes de vários parlamentares. Destes, apenas quatro depuseram espontaneamente: Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), André Ceciliano (PT), Tio Carlos (SDD) e Paulo Ramos (PDT).
Segundo Gussem, a investigação é baseada em “provas documentais consistentes” e os depoimentos seriam para apresentar versões das defesas dos acusados. “O depoimento vai apresentar a versão deles dos fatos. A ausência não atrapalha. O Ministério Público pode chegar à conclusão de que tem indícios suficientes para ajuizar ação penal e eles posteriormente podem se pronunciar”, afirmou, em entrevista ao G1.
Fonte: Sul 21