#Destaques | 09/11/2016
Manifesto foi entregue aos juízes do Tribunal Regional do Trabalho da cidade
Metalúrgicos, Rodoviários e Petroleiros entregaram na tarde desta quarta-feira (9) um manifesto de apoio aos juízes do Tribunal Regional do Trabalho de Canoas (TRT4). O ato, realizado e representado por presidentes e dirigentes sindicais de cada categoria, além de advogados dos escritórios jurídicos Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados e Young Dias Lauxen e Lima Advogados Associados, ocorre em várias cidades do Estado como uma forma de protestar e denunciar as arbitrariedades cometidas contra a Justiça do Trabalho, que afetam diretamente a classe trabalhadora.
No documento entregue, as entidades firmam sua posição de apoio à Justiça do Trabalho e reforçam a preocupação com o momento presente no trecho que diz “enfrentamos uma grande tentativa de retração de direitos e desvirtuação das instituições democráticas, em prol de um projeto político que visa conter o avanço da igualdade e da justiça social para favorecer rentistas e entregar as riquezas do nosso país aos endinheirados das granes potências”.
Com cortes de 90% nos investimentos pedidos e 30% nas verbas de custeio, a Justiça do Trabalho alegou ter recebido um tratamento discriminatório em relação aos demais cortes. O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA), o então deputado federal e atual ministro da Saúde e, Ricardo Barros (PP-PR), alegou na ocasião que a redução seria necessária. Segundo ele, “as regras atuais estimulam a judicialização dos conflitos trabalhistas, na medida em que são extremamente condescendentes com o trabalhador”.
Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a redução foi encarada como um boicote ao setor que repara os direitos sonegados dos trabalhadores. Paulo Chitolina, presidente dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, reforçou a importância do reconhecimento da ação dos Sindicatos junto com a Justiça do Trabalho para o benefício dos trabalhadores. “Todos perdem com os cortes estabelecidos e os retrocessos que estão sendo impostos. Por isso, precisamos unir forças para barrar esta perseguição à classe trabalhadora”.
Fonte: STIMMMEC