#Notícias | 01/11/2017
O Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita utilizou, no dia 31 de outubro, o espaço da Tribuna Popular da Câmara Municipal de Canoas para debater a Reforma Trabalhista junto aos vereadores da cidade. Na ocasião, o presidente Paulo Chitolina também entregou a todos um conjunto de documentos contendo uma análise crítica da Reforma da Previdência, elaborada por advogado especialista e um estudo do Dieese sobre a situação de emprego e desemprego no município.
Em pouco mais de 10 minutos de exposição, Chitolina abordou pontos de extremo impacto da Reforma sobre a classe trabalhadora, como o fim das rescisões de contrato junto aos sindicatos, o regime de “pejotização” que deve ser implantado nas indústrias, a prevalência de acordos individuais sobre a legislação, fim do contrato por meio de acordo individual, a gestante no trabalho insalubre, banco de horas individual, quitação anual e a restrição de acesso à justiça do trabalho gratuita. “Os empresários até estão surpresos e cautelosos com tamanha bondade que foi feita por meio da reforma”, afirmou Chitolina.
Contrariando o discurso da crise empresarial na metalurgia, o sindicalista apresentou dados que comprovam o lucro resultante da rotatividade na cidade. Em 2015, a categoria contava com 7.082 trabalhadores ativos. Até dezembro de 2016, este número caiu para 5.197, representando uma redução de 34% da mão de obra, com salários de contratação, em média, R$ 400 mais baixos. Em relação aos demais setores do município, a economia gerada com a rotatividade atingiu a casa dos 5 milhões de reais.
Além de convocar a classe política de Canoas a fazer o debate e prestar maiores esclarecimentos à população, o Sindicato sugeriu a realização de uma Audiência Pública com o Ministro do Trabalho em conjunto com especialistas da área para levantar a discussão e o enfrentamento no município.