#Destaques | 04/08/2016
Neste dia 4 de agosto de 2016, quinta-feira, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita encontram-se em frente à Liess, empresa metalúrgica da cidade de Canoas. A categoria, que encontra-se em plena Campanha Salarial e deliberou greve durante votação da Assembleia Geral dos Trabalhadores no dia 20 de julho, vem realizando diariamente paralisações nas empresas da base, visto que após sete encontros com o Simecan – sindicato patronal – e uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os empresários insistem em conceder o percentual reivindicado (9,83%, que corresponde pelo INPC de Maio/2015 à Abril/2016) de forma parcelada (três vezes).
Nesta mesma data, 4 de agosto, entidades do serviço de segurança pública do Estado também encontram-se com os serviços paralisados, envoltos em mobilizações contra a aplicação do parcelamento dos salários por parte do Governo do Estado, representado pelo então governador José Ivo Sartori. A orientação de que a população não deve sair de casa nesta quinta-feira foi emitida por estas entidades que hoje realizam mobilizações em diversos pontos do Estado, por meio de vigílias e bloqueios.
Neste contexto, o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita vem a público manifestar seu descontentamento com a ação de servidores da segurança pública de Canoas que, ignorando os princípios e os direitos da categoria metalúrgica em reivindicar melhorias nas condições de trabalho e nos salários e, ainda, também ignorando os princípios da própria categoria que se encontra mobilizada em todo o Estado, realizou ação em frente à metalúrgica de Canoas para liberar a entrada dos(as) trabalhadores(as) na fábrica.
Trabalhadores e trabalhadoras devem ser reconhecidos por seus serviços prestados, seja na iniciativa privada ou pública. A falta deste reconhecimento e da valorização é cobrada através das entidades sindicais que visam em suas ações defender sua categoria e garantir melhorias, tanto nas
questões sociais quanto econômicas.
A segurança pública é um serviço essencial e merece total reconhecimento e valorização, assim como a educação e os professores, que hoje sofrem com a precarização das instituições de ensino. Porém, trabalhadores(as) das demais categorias também devem ter a liberdade de lutar por
seus direitos, sem sofrer qualquer intimidação quando encontram-se mobilizados.
Paulo Chitolina – Presidente STIMMMEC
Fonte: STIMMMEC