#Notícias | 09/03/2017
Na manhã desta quinta-feira (9) a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita realizou uma assembleia em frente à Midea Carrier. O objetivo era coletar assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da previdência que será encaminhado ao congresso nacional, assim como conversar com os trabalhadores e informar sobre todos os retrocessos que a classe está sofrendo após o golpe dado no governo da Presidenta eleita Dilma Rousseff. “No ano passado, quando íamos para as portas de fábrica e falávamos sobre o golpe que estava em curso contra o governo da presidenta Dilma, muitos companheiros nossos diziam que nós estávamos misturando os interesses dos trabalhadores com os interesses políticos. Nós sabíamos o que viria após o golpe, uma série de retrocessos que eles querem impor à classe trabalhadora”, falou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, Paulo Chitolina.
A Midea Carrier foi a única empresa da base que proibiu que as assinaturas fossem coletadas nas dependências. “Estamos fazendo este ato hoje aqui na rua, porque o setor de recursos humanos da empresa proibiu nossos dirigentes de coletar assinaturas no interior da fábrica, alegando que não poderiam parar a produção. Nenhuma outra empresa fez isso, mas quando é pra defender os interesses da empresa eles chamam o sindicato e abrem um espaço para nós dialogarmos com o trabalhador”, acrescentou Chitolina.
Hora da cobrança e de mobilização
O presidente Paulo Chitolina ressaltou que neste momento é preciso que a sociedade se conscientize da necessidade de cobrar os deputados que durante as campanhas eleitorais prometeram trabalhar em pró dos trabalhadores. “Os deputados vieram nas suas casas, nas portas das fábricas e agora irão votar contra o trabalhador? Não podemos deixar que isso aconteça, temos que pressionar eles e não deixar essa reforma passar, caso contrário será o fim da aposentadoria”, disse o presidente.
Chitolina também adiantou que ocorrerá um ato de protesto no próximo dia 15, e convocou os trabalhadores para que se mobilizem. “Ainda não está definido o que faremos no dia 15, mas algo será feito, e precisamos do apoio de vocês, não podemos deixar que nossos filhos e netos paguem o preço por não termos lutado por eles”, finalizou.
Canoas tem Comitê Sindical Popular contra a Reforma
No último dia 03 de março, o Comitê Sindical Popular Contra a Reforma da Previdência e em Defesa dos Direitos Trabalhistas instalou uma banca no calçadão de Canoas. No local, a sociedade pode buscar informações sobre o projeto de Lei de número 287 que trata das mudanças nas leis da aposentadoria, assim como também se informar sobre a proposta de reforma trabalhista.
O Comitê também organiza atividades de mobilização, como a prevista para 15 de março, dia nacional de paralisações. Na data está marcada uma marcha, com concentração a partir das 9h no calçadão do centro da cidade.
Fonte: STIMMMEC