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#Destaques | 25/05/2023

Assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (25) em frente à Pampa. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

A Campanha Salarial dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita está em curso e tem agitado a categoria nas últimas semanas. Porém, os problemas específicos de cada fábrica continuam na pauta e na agenda de lutas do Sindicato, como se discutiu na manhã desta quinta-feira (25) em frente à Pampa, em Canoas. Há mais de um mês a empresa vem se negando a negociar uma extensa pauta de retirada de direitos dos trabalhadores, que envolve a suspensão do pagamento de periculosidade, alterações na jornada, com a inclusão de trabalho aos finais de semana, a crescente nos casos de acidente de trabalho dentro da empresa e o adoecimento de trabalhadores, além da falta de reajuste no vale rancho.

Cecílio Guterres, dirigente sindical que busca negociações com a empresa, relatou que após a assembleia do dia 25 de abril, foram realizadas outras três visitas na retificadora, e constantemente o Sindicato vem sendo ignorado.

Se o dono da Pampa, que nem mora aqui no Sul, não der autonomia para quem está aqui negociar as condições para o trabalho, nós vamos fazer ele entender que dentro da fábrica só tem máquina e quem faz tudo funcionar vai estar aqui fora, de braços cruzados”.

Dirigente Cecílio Guterres na manhã desta quinta-feira (25). Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

A escalada da retirada de direitos é uma realidade em diversas fábricas da base, como apontou o dirigente Flavio de Souza. “A gente observa que aqui na Pampa tem muitos trabalhadores novos, sem periculosidade, trabalhando lado a lado com os veteranos que ganham o adicional. Acontece o mesmo com o convênio farmácia da PROLEC, onde só os antigos têm direito, e com o adicional de insalubridade em várias metalúrgicas. Esse tem sido o mecanismo das empresas para ir aos poucos extinguindo benefícios e direitos”.

Flávio Souza durante fala aos trabalhadores na assembleia desta manhã. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Paulo Chitolina, presidente do Sindicato, encaminhou a organização interna dos trabalhadores para os próximos dias. “Vocês vão ter que conversar entre vocês e tomar uma decisão. Nós, do Sindicato, temos um caminho e achamos que chegou o momento de dar um basta, cruzar os braços. E se essa for também a vontade de vocês, estaremos juntos”.

Paulo Chitolina encaminha mobilização com os trabalhadores durante o encerramento da assembleia. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

MOBILIZAÇÕES DA CAMPANHA DEVEM SE ACIRRAR NOS PRÓXIMOS DIAS

O vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, deu um breve relato sobre o andamento das negociações da Campanha Salarial. Após duas rodadas de tratativas com o patronal, ainda não se atingiu uma proposta digna à avaliação da categoria. Na próxima segunda-feira (29), uma nova rodada de discussões está prevista para a parte da manhã.

Nós estamos há semanas, todos os dias, mobilizando trabalhadores e trabalhadoras na porta das fábricas e no Sindicato para pressionar a mesa. Até agora, trabalhamos dando os informes e reforçando a pauta de reivindicações. Mas na próxima semana vamos avançar nas paradas, se necessário, com atrasos. Nós vamos tomar café na porta das empresas, porque o período da campanha salarial é o momento que temos para conquistar as nossas reivindicações”, defendeu Bica.

Trabalhadores mobilizados na porta da empresa durante assembleia do Sindicato. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:25/05/2023

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