#Notícias | 05/01/2016
Em artigo publicado nesta terça-feira, 05, no jornal Zero Hora, Nespolo cobrou do governador José Ivo Sartori (PMDB) o projeto de reajuste do salário mínimo regional.
Ele lembrou que o governador sequer recebeu em audiência as centrais para discutir a reivindicação. “Ele passou o ano espalhando o caos na sociedade, atacando os servidores públicos, aumentando o ICMS, precarizando os serviços públicos e ignorando as demandas da população, além de não apresentar políticas de crescimento econômico para sair da crise.”
As centrais sindicais entregaram no dia 18 de novembro uma proposta de reajuste de 11,55%, que previa reposição da inflação projetada pelo Dieese e aumento real, ao chefe da Casa Civil, no Palácio Piratini. A pauta foi encaminhada aos secretários do Planejamento, do Desenvolvimento e do Trabalho, que promoveram infrutíferas mediações com as federações empresariais.
“Não abrimos mão da reposição integral da inflação do período. Todos os preços são atualizados. Os salários não podem ser arrochados. O INPC de 2015 está projetado em 11,57%, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social”, ressalta Claudir.
“Exigimos que o governador envie um projeto de reajuste, em regime de urgência, na reabertura da Assembleia, no início de fevereiro”, destaca o presidente da CUT-RS.
Leia a íntegra do artigo:
Sartori: cadê o projeto do mínimo regional?
A presidenta Dilma Rousseff aumentou o salário mínimo nacional em 11,68%, passando de R$ 788 para R$ 880 a partir de 1º de janeiro de 2016. Com o reajuste, o governo mantém a política nacional de valorização do mínimo, negociada com as centrais sindicais, beneficiando cerca de 40 milhões de trabalhadores na ativa e aposentados e injetando mais de R$ 40 bilhões na economia brasileira.
No RS, o governador José Ivo Sartori ainda não enviou projeto de lei com proposta de reajuste do salário mínimo regional para a Assembleia Legislativa, frustrando a expectativa de cerca de 1,5 milhão de trabalhadores que recebem o chamado piso regional, cujas cinco faixas oscilam entre R$ 1.006,80 e R$ 1.276,00. São os mais vulneráveis, os menos organizados, os mais pobres.
O mínimo regional existe também em SC, PR, SP e RJ, onde começou. São todos estados de grande potencial econômico. É um valioso instrumento de distribuição de renda, melhoria da qualidade de vida, redução das desigualdades sociais e fator de estímulo da economia gaúcha. O aumento salarial vai direto ao consumo local. Não é gasto no exterior, além de aquecer a produção e elevar a arrecadação do Estado.
O governador sequer recebeu em audiência as centrais para discutir a reivindicação. Ele passou o ano espalhando o caos na sociedade, atacando os servidores públicos, aumentando o ICMS, precarizando os serviços públicos e ignorando as demandas da população, além de não apresentar políticas de crescimento econômico para sair da crise.
As centrais entregaram em 18 de novembro uma proposta de reajuste de 11,55%, que previa reposição da inflação projetada pelo Dieese e aumento real, ao chefe da Casa Civil, no Palácio Piratini, que encaminhou o assunto aos secretários do Planejamento, do Desenvolvimento e do Trabalho, que promoveram infrutíferas mediações com as federações empresariais.
É prerrogativa legal do governador a remessa do projeto aos deputados. Não abrimos mão da reposição integral da inflação do período. Todos os preços são atualizados. Os salários não podem ser arrochados. O INPC de 2015 está projetado em 11,57%, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Exigimos que o governador envie um projeto de reajuste, em regime de urgência, na reabertura da Assembleia, no início de fevereiro. Queremos que os gaúchos e as gaúchas que ganham o piso regional possam receber os salários de fevereiro com os novos valores e iniciar o ano da mesma forma que os trabalhadores e as trabalhadoras que percebem o salário mínimo nacional.
Claudir Nespolo
Metalúrgico e presidente da CUT-RS
Fonte: CUT-RS