#Notícias | 22/01/2016
Com o objetivo de buscar a integração dos povos latinos e assim encontrar alternativas para o cresicmento edesenvolvimento das nações, o Fórum Social Mundial promoveu na tarde de quinta-feira, 21, uma grande mesa de convergência intitulada “América Latina – resistências e alternativas”. Mesmo com grandes presenças, a mesa recebeu críticas frente a ausência de grandes nomes confirmados como Álvaro Garcia Linera, vice-presidente da Bolívia; Piedad Córdoba, da Colômbia; e Emir Sader, sociólogo e cientista político.
As 14h, representes de entidades e países reuniram-se para debater as resistências e as alternativas da América Latina frente a ofensiva imperialista. Cuba, representada pelo militante Alfredo Peres Alemany, se mostrou como grande exemplo de resistência, onde 92% da população apoia e luta pela permanência do governo socialista dos irmãos Castro.
Alemany falou do crescimento da ilha, da preocupação com a dignidade das cubanos e das ações governamentais para eliminar o analfabetismo. “Com a ajuda dos países companheiros resistimos e crescemos, mesmo impedidos derelações comerciais por uma das maiores potências econômicas do mundo”, referindo-se ao embargo decretado pelos Estados Unidos na década de 1960.
Outro destaque da mesa foi o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, que inaugurou a primeira edição do Fórum Social Mundial, em 2001, e foi ovacionado pela plateia de lotou o auditório Danta Barone.
Em sua fala, Olívio questionou o papel exercido pela esquerda no mundo, em especial na América Latina, como pensamento estratégico de superação do capitalismo. “A esquerda precisa definir um projeto estratégico de transformação, que não se reduz a ganhar ou perder eleições. A esquerda precisa ter um contorno definido, que é enriquecido pelo contato direto com movimentos sociais, lutas e organizações”
Emocionada, Jussara Cony, do Comitê de Apoio Local, relembrou lutas recentes importantes, como a “primavera das mulheres”, protestos contra projetos de lei que restringem medidas de prevenção em caso de estupro, e a resistência em seguir com o Programa Mais Médicos que levou profissionais cubanos para áreas desassistidas de assistência em saúde. “O programa está pondo em xeque o currículo brasileiro. Uma pátria tem que ser educadora para a soberania”, declarou.
Reginaldo Bispo, do movimento negro, também enalteceu a luta de movimento populares, especialmente da população negra. Ele lembrou que os ataques a esse segmento ocorrem de diversas formas. “Não se faz genocídio apenas com armas, mas pela pobreza, com pouco atendimento médico, insalubridade, má educação, desnutrição. Os números que nós lideramos são só os dos mortos por bala”, contestou.
Fonte: STIMMMEC (com informações do Sul 21)