#Notícias | 09/11/2017
Na manhã dessa quinta-feira (09), foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras da Siemens, em Canoas, participarem da Assembleia sobre a Reforma Trabalhista, promovida pelo Sindicato em diversas fábricas da base no decorrer desta semana. Em frente à empresa, cerca de 140 pessoas participaram do ato, que foi realizado em dos dois turnos.
Por se tratar de uma empresa majoritariamente composta por funcionárias mulheres, o destaque das falas foi em relação à atuação de gestantes e lactantes em locais insalubres.
De acordo com o artigo 394-A da CLT, “a empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em local salubre”. Com a nova lei, as mulheres grávidas continuam não podendo atuar em locais de insalubridade máxima, mas a restrição em locais de grau médio ou mínimo só acontecerá se houver atestado recomendando a necessidade de afastamento, assinado por um médico. As lactantes poderão trabalhar em ambientes de insalubridade máxima se não houver pedido médico para o contrário.
No entanto, a categoria metalúrgica de Canoas e NSRita tem vigente até 2019 a Convenção Coletiva, que ameniza os impactos da Reforma. “A classe metalúrgica daqui de Canoas e de Nova Santa Rita possui uma importantíssima ferramenta de defesa para que pelo menos sessenta destas alterações não sejam aplicadas da forma como está sendo imposta”, afirmou o dirigente Antonio Munari.
O presidente Paulo Chitolina abordou muitos outros direitos, conquistados ao longo da história dos trabalhadores, que serão deixados de lado. “As empresas não precisarão mais contratar o funcionário ou a funcionária por 220 horas. Agora o patrão poderá estabelecer no contrato três horas, um dia da semana ou três, quatro meses do ano”, exemplificou o presidente quanto ao Contrato Intermitente. Ele também afirmou que todos serão afetados, independente dos setores da empresa, e pediu a atenção dos trabalhadores e trabalhadoras para combater o descumprimento do que está assegurado na Convenção. “Na semana passada nos reunimos com o Ministério do Trabalho e podemos garantir que qualquer sacanagem que a empresa fizer com vocês será fiscalizada por eles”, concluiu.