#Destaques | 06/03/2018
Ao logo do último ano, centrais sindicais e seus sindicatos filiados puxaram inúmeras mobilizações e paralisações para barrar a PEC 287/16 – Reforma da Previdência. No último semestre, os movimentos se intensificaram e findaram por enterrar o projeto no último dia 19 de fevereiro. Para o senador Paulo Paim, Temer “sentiu o calor das ruas contra essa verdadeira barbárie que iria liquidar com o direito da aposentadoria e matar os sonhos da nossa juventude”.
Apesar de o Governo Federal ter alegado que a suspensão da tramitação do projeto se deu por conta da intervenção militar no Rio de Janeiro, lideranças políticas afirmam que a desistência ocorreu pela insuficiência de votos para a aprovação. Sendo necessários 308 deputados favoráveis à PEC, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) apostou em mobilizações nos aeroportos de todo o país, no ato de embarque dos parlamentares. Também, lançou uma grande campanha espalhando 100 outdoors pelas cidades do sul com o rosto dos políticos favoráveis à reforma.
Para o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, “ninguém pode ignorar neste país que a mobilização dos trabalhadores, junto com a aguerrida oposição no Congresso, foi decisiva para a derrota da reforma da Previdência”. O sindicalista também enfatiza que, “apesar de barrar a votação na Câmara, os trabalhadores não irão baixar a guarda e permanecerão atentos em defesa da Previdência, que não tem rombo, mas é superavitária, conforme revela o relatório da CPI do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS)”.