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#Notícias | 27/02/2018

Pesquisa realizada pelo Dieese em São Paulo e Porto Alegre, a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), revela que o trabalho infantil atinge 1,3% das famílias da capital paulista e 0,8%, na gaúcha. Em famílias em que o chefe não tinha ensino médio completo, não era ocupado ou trabalhava como autônomo,  17% dos jovens entre 15 e 17 anos eram obrigados a trabalhar, perpetuando assim o ciclo de dependência e exclusão. Lares chefiados por mulheres são ainda mais propícios a ter crianças ou adolescentes trabalhando.

 

Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (26) durante o Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, no auditório do MPT, em São Paulo. A procuradora do MPT Elisiane Santos afirmou que, com a “reforma” trabalhista e a terceirização irrestrita que foram aprovadas pelo governo Temer, a tendência é de um impacto ainda maior no trabalho infantil, dada a retirada de direitos e a fragilidade dos vínculos trabalhistas.

 

De acordo com a entidade, para combater o trabalho infantil é preciso igualdade de gênero, acesso à educação e políticas públicas de transferência de renda.

 

Para a coordenadora da Pesquisa de Emprego e Renda do Dieese Lúcia Garcia, o trabalho infantil cria um “problema intergeracional” grave. “O problema é que essa geração que abre mão do brinquedo, da infância e da escola, é uma geração que já encontra, de saída, um boicote ao seu desenvolvimento”, afirmou ao repórter Jô Miyagui, para o Seu Jornal, da TVT.

 

O programa Bolsa Família, que condiciona o recebimento do auxílio à frequência escolar foi apontado como uma das formas de combater o trabalho infantil. “Quanto mais autossuficiente a unidade familiar, menos ela depende da presença de crianças e adolescentes no trabalho”, aponta Lúcia.

 

Fonte: RBA

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Publicado em:27/02/2018

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