Luiz Marinho recebeu uma carta de intenção que propõem uma parceria entre os trabalhadores, a universidade e o governo federal

Entrega do documento aconteceu na Assembleia Legislativa do RS. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Uma proposta de graduação vem sendo discutida pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTMRS), em conjunto com o Instituto de Formação e Pesquisa Integrar RS e a Universidade La Salle Canoas. O projeto, que se objetiva em qualificar diretores sindicais da indústria em um mundo do trabalho cada dia mais complexo, foi entregue na tarde de quinta-feira (14) ao Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no formato de uma carta de intenção.

Marinho recebeu o documento após a sessão da Assembleia Legislativa que pactuou um Acordo de Boas Práticas Trabalhistas e de Enfrentamento à Concorrência Desleal no Ambiente do Trabalho Terceirizado. Participaram da entrega o presidente e o secretário de formação da FTMRS, Lírio Segalla e Paulo Chitolina; o coordenador técnico do Integrar RS, Docimar Querubim; o professor doutor, coordenador do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, Moisés Waismann; e o assessor do Macrossetor da Indústria da CUT-RS (MSI-CUTRS), João Marcelo Santos.

Marinho esteve no Estado para assinar um Acordo de Boas Práticas Trabalhistas e de Enfrentamento à Concorrência Desleal no Ambiente do Trabalho Terceirizado. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Com foco na área de formação e qualificação, a ideia do projeto surgiu a partir das atividades realizadas pelo MSI-CUT-RS, que desde 2016 discute ações integradas e políticas de recuperação para o ramo. Em 2017, após serem realizadas diversas atividades de formação, constatou-se uma demanda significativa de capacitação das lideranças em nível de graduação, passando desde a organização no local de trabalho até a gestão das entidades sindicais.

Segundo o presidente da FTMRS, Lírio Segalla, a graduação deverá integrar as competências que hoje são trabalhadas nas formações da Federação e do Macrossetor, e o conhecimento científico que a universidade é capaz de discutir e difundir com os estudantes. Ele também lembrou que uma proposta similar foi desenvolvida para os dirigentes sindicais junto à Unicamp, em São Paulo, a partir do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT). No entanto, a intenção agora é avançar, não mais como um curso de extensão, mas sim, uma graduação que permita aos diretores ter formação superior ao final dos estudos.

Paulo Chitolina. Secretário de formação da FTMRS, também destacou que a proposta está sendo pensada, inicialmente, para cerca de 80 diretores sindicais da indústria no Estado, mas com a possibilidade de avançar para todo o país, como foi o curso da Unicamp.

Moisés Waismann, do Observatório Trabalho, Gestão e Políticas Públicas do Unilasalle, lembrou que atualmente é difícil que uma única área de conhecimento dê conta da complexidade do mundo do trabalho, o que reforça a importância da construção de um curso interdisciplinar.

Junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, as entidades buscam viabilizar financeiramente e pedagogicamente o projeto, para que este se coloque tripartite, envolvendo trabalhadores, universidade e Governo Federal.

Fonte: STIMMMEC