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#Notícias | 24/06/2020

Na tarde dessa terça-feira (23), a Câmara de Vereadores de Canoas realizou Grande Expediente para debater a situação das micro e pequenas empresas do município frente as dificuldades de acesso à Lei 13.999/2020, que institui um programa de apoio e financiamento aos empresários. Paulo Chitolina, presidente do STIMMMEC, foi um dos convidados e apresentou dados do setor metalúrgico, que vem sendo amplamente afetado pela crise do Coronavírus. O requerimento foi feito pelo Vereador Paulo Ritter.

 

Em sua fala, Chitolina apontou o fechamento de empresas na base, movimento que ocorre de forma mais acelerada desde 2016. Segundo ele, haviam 980 CNPJs cadastrados junto ao Sindicato no período. Hoje, a entidade acompanha o movimento de 480 empresas. Destas, apenas uma possui mais de 1.000 funcionários, 4 com mais de 500 e outras 50 empresas com mais de 100 trabalhadores. “As demais todas são micro e pequenas empresas metalúrgicas que empregam no município”, destacou.

 

“As empresas maiores têm fluxo e capacidade de implementar as medidas do Governo Federal. Mas as menores, ficam à mercê dos bancos. E elas são em muitos casos fornecedoras das grandes empresas, ou seja, acabam demitindo trabalhadores pois as grandes empresas estão com trabalho reduzido ou suspenso”.

 

Outro ponto de dificuldade destacado por Chitolina é a falta de controle das demissões no município, visto que o Sindicato só toma conhecimento dos desligamentos quando a empresa comunica ou quando o próprio trabalhador busca algum auxílio da entidade. “Desde 2017, com a Reforma Trabalhista, não há mais a obrigação de passar no Sindicato para homologar a rescisão do contrato de trabalho”.

 

Como alternativas, o sindicalista apontou a possibilidade de ampliar os serviços oferecidos pelo Escritório do Empreendedor de Canoas. “Hoje, o escritório ensina e orienta o micro empreendedor a abrir uma empresa. Mas nós precisamos também fazem com que essas empresas tenham assessoria para fazer o seu planejamento frente o próximo período”. Neste sentido, ele destacou a preocupação com a retomada do trabalho sem perspectiva de melhora na economia.

 

“É preciso um esforço conjunto de todas as entidades do município para garantir que as empresas tenham acesso a financiamentos e assessoria e, consequentemente, pensar o próximo período com criação de emprego e fomento da renda, porque a gente sabe que o trabalhador não quer entrar na fila da Caixa Econômica Federal para pegar Auxílio Emergencial, mas sim, ter seu emprego garantido”.

 

O debate, realizado em sessão virtual da Câmara, também contou com a participação de representantes do Observatório de Trabalho, Gestão e Políticas Públicas do La Salle, da Câmara de Indústria e Comércio e Serviços de Canoas (CICS), do Sindilojas Canoas, do Sebrae e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município.

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:24/06/2020

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