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#Destaques | 16/05/2023

“A única maneira de garantirmos que a empresa nos ouça é neste momento, demonstrando nossa força e nossa luta juntos”, assim começou a fala do diretor sindical André Battistello, na assembleia realizada na manhã desta terça-feira (16), em frente à AGCO, em Canoas. A parada na empresa integra as ações do Sindicato que estão sendo realizadas nas últimas semanas, como parte da Campanha Salarial deste ano. Para esta quarta-feira (17), está prevista a primeira rodada de negociações com o Patronal. 

Diretor sindical, André Battistello faz fala durante a assembleia da manhã desta terça-feira (16). Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC 

Assim como boa parte metalúrgicos CUTistas do Rio Grande do Sul, a data base dos trabalhadores e trabalhadoras de Canoas e Nova Santa Rita é 1° de Maio, por isso, “ao mesmo tempo em que acontece nossa assembleia aqui, estão acontecendo assembleias em outras diversas empresas do estado, onde nossos companheiros também estão se preparando para as negociações deste ano”, explicou o tesoureiro do Sindicato, Flavio Fontana. Diretores dos Sindicato dos Rodoviários e do Sindiconstrupolo também estiveram presentes na assembleia desta manhã, fortalecendo a luta da categoria.

Flávio Souza, tesoureiro do Sindicato, faz um relato sobre a campanha no Estado. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC 

Confederação dos Metalúrgicos presente na luta dos trabalhadores em Canoas

É importante que a gente olhe para o que tem acontecido ao nosso redor e, por isso, estamos conversando com diversas pessoas do país para discutir o futuro do nosso setor”, destacou o presidente recém empossado da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, que durante sua fala apresentou um breve panorama da realidade do Brasil e de estratégias que deverão ser tomadas a partir de agora.

A indústria brasileira hoje faz parte de 10% do PIB. O PIB é o Produto Interno Bruto, que faz o país crescer, que faz com que o país fique mais rico, mas para ter riqueza é preciso distribuir a renda para quem trabalha. Por isso, o Sindicato é fundamental nessa história de distribuição de renda, porque é o movimento sindical que garante uma discussão coletiva sobre os direitos, e é desta forma que conseguimos garantir igualdade nas conquistas da categoria“, explicou.

Loricardo de Oliveira, empossado presidente da CNM/CUT no último dia 09 de maio, abordou o cenário nacional da indústria durante a atividade desta manhã. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC 

Paulo Chitolina, presidente do Sindicato, lembrou que “é a mobilização dos trabalhadores que garante a segurança para o Sindicato realizar as negociações com o Patronal ao longo da Campanha Salarial”. Além disso, reforçou as cláusulas aprovadas pela categoria na assembleia do dia 13 de abril.

Nós já sabíamos que o Patronal não está disposto a discutir as cláusulas sociais neste ano, mas mesmo assim estamos nos desafiando e levando a pauta completa para a mesa de negociações”.

Paulo Chitolina apresentou os pontos da pauta de reivindicações da campanha deste ano. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC

Todos os pontos que serão discutidos na Campanha Salarial deste ano podem ser conferidos aqui.

Negociações e pautas específicas da AGCO também foram assunto da assembleia 

O vice-presidente do Sindicato e diretor sindical da AGCO, Silvio Bica, repassou as negociações que estão em andamento na empresa. “Desde que fomos avisados sobre todos os acontecimentos relacionados ao refeitório, o Sindicato tem conduzido as negociações e cobrado melhorias da empresa. Além disso, estamos em andamento com as negociações do PROPAR, onde já foram decididos os indicadores e agora será discutido o teto.

Silvio Bica abordou temas específicos da fábrica na atividade desta manhã. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC

Bica ainda reforçou a importância de que o Sindicato volte a ser incluído nas negociações do PROPAR do setor administrativo. “Já faz três anos que a empresa tem negociado de forma independente o benefício do setor administrativo e nós não concordamos com isso, acreditamos que do portão pra dentro somos todos iguais. No ano passado, a AGCO fez uma negociação individual com o administrativo e o que aconteceu foi que o PROPAR deles foi reduzido em relação a fábrica, isso tem que mudar”, reforçou.

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:16/05/2023

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