#Destaques | 12/05/2021
As discussões sobre o processo de desindustrialização no Brasil têm ganhado força junto ao grupo do Macrossetor da Indústria do Rio Grande do Sul. Coordenado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), o coletivo é integrado por lideranças dos 7 (sete) principais setores da indústria no Estado: Metalurgia; Celulose, Papel e Papelão; Calçadistas; Alimentação; Construção Civil / Moveleiros; Petroquímicos e Químicos. O objetivo da organização é traçar estratégias políticas e de diálogo com o Poder Público sobre o papel da indústria em um projeto nacional de reindustrialização.
Neste contexto, compreender a realidade dos trabalhadores/as que atuam nos setores da indústria, assim como as visões que estes têm sobre a atuação dos Sindicatos, é indispensável para elaborar um projeto nacional. Isso porque a precarização das condições de trabalho, a desvalorização dos salários e o fechamento de milhares de postos de trabalho ao longo dos últimos anos, afetou diretamente as condições de trabalho e de vida da classe trabalhadora. Ainda, as mudanças na legislação que tiveram como objetivo fomentar negociações individuais e findaram por limitar a atuação coletiva das entidades sindicais, foram decisivas para a desconstrução da luta organizada e coletiva. Logo, um projeto que tenha como objetivo a retomada de uma indústria forte e produtiva deve considerar, principalmente, o trabalho valorizado e digno, e também, respeitar o direito à organização de classe.
E é pensando em compreender a realidade dos trabalhadores/as nos dias de hoje, bem como suas impressões sobre a representação sindical e a formação de opinião sobre os temas políticos, que a CUT-RS irá aplicar no mês de maio, por meio dos seus sindicatos filiados, uma pesquisa de opinião. A mesma será no formato virtual e as respostas serão anônimas.
A participação dos metalúrgicos, destaca Paulo Chitolina – presidente do Sindicato da categoria em Canoas e Nova Santa Rita – será decisiva para que a entidade abra discussões sobre o modelo de sindicato que os trabalhadores/as querem, assim como possa incluir novas pautas e temas na abordagem sindical. “Nos últimos anos vivemos inúmeras mudanças no campo do trabalho, o que exige uma atualização dos Sindicatos. Nós precisamos ouvir os trabalhadores para poder construir este projeto e também poder pensar um modelo sindical mais plural e inclusivo”.
Fonte: STIMMMMEC