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#Destaques | 17/04/2019

 

Na Assembleia Geral dos Trabalhadores, realizada no dia 04 de abril, a categoria votou e aprovou por unanimidade a pauta apresentada pelo Sindicato. Em busca da valorização dos salários, as reivindicações econômicas desta campanha pedem a reposição da Inflação (INPC – estimativa do Dieese para data base de 1º de maio é de 4.85%), mais aumento real de 2.50%. Junto isso, a categoria deve buscar a mesma porcentagem de reajuste ao piso salarial, hoje fixado em R$ 1.315,00, e ao salário do aprendiz, além de aplicar a atualização nas cláusulas sociais com conteúdo econômico.

 

Nos últimos anos, os metalúrgicos(as) da base viram apenas a reposição do INPC em seus salários, com uma porcentagem baixa de aumento real justificada pelo discurso de crise da patronal. Em novembro de 2017, uma profunda reforma na legislação trabalhista – a pedido dos empresários e apoiada amplamente por estes – retirou direitos e garantias dos trabalhadores contratados no regime da CLT. Hoje, além da rotatividade nas empresas, que é um dos fatores de desvalorização dos ganhos, as contratações se fazem de forma crescente via terceirização e contratos temporários. Para o presidente do Sindicato, Paulo Chitolina, não há mais argumentos que sustentem o discurso de crise. “Após a destruição dos direitos trabalhistas, o caminho é lutar para garantir e renovar direitos pela Convenção Coletiva. Mas economicamente, não existem mais motivos para negar a valorização real dos salários”.

 

As contratações terceirizadas também serão ponto de pauta na campanha. Após a aprovação de terceirizações, incluindo na atividade fim da empresa, o Sindicato buscará o entendimento para representar estes trabalhadores e trabalhadoras, assegurando os mesmos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho. Ainda, irá travar discussão sobre o Quinquênio e o Acesso ao Local de Trabalho, com a finalidade de esclarecer possíveis dúvidas com relação à aplicação destas cláusulas.

 

Reforma da Previdência

 

Em paralelo às discussões da campanha salarial, o Sindicato terá como principal pauta a luta contra a Reforma da Previdência. Apresentada em formato de PEC no mês de fevereiro, a proposta acaba com o atual sistema solidário e visa implantar a capitalização individual para aposentadorias. Além disso, altera inúmeras regras do atual regime, dentre elas a implantação de idade mínima, a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição  e uma transição de pontos (soma de idade e tempo de contribuição) para requerer aposentadoria especial. Também, há redução dos valores de benefícios, como BPC e Pensão por Morte, além de exigir 40 anos de contribuição para requerer 100% do benefício de aposentadoria.

 

“Em frente às fábricas, nós vamos alertar a categoria, distribuir informativos e esclarecer sobre a necessidade de se informar e ser contra esta proposta”, afirma o vice-presidente Silvio Bica. Para subsidiar os trabalhadores, uma cartilha elaborada pelo departamento jurídico em parceria com a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, está disponível no site do Sindicato. Lá, é possível encontrar os principais pontos da proposta e explicações sobre as mudanças. Acesse www.sindimetalcanoas.org.br e confira.

 

Reparação de veículos já teve primeira rodada de negociações

 

No dia 03 de abril, a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS e o Sindirepa deram início às discussões da Campanha Salarial dos trabalhadores(as) da Reparação de Veículos. A categoria, também com data base em 1º de maio, reivindica a reposição do INPC e um aumento real de 2,50%, igual à metalurgia. No entanto, além das cláusulas econômicas, serão discutidos na mesa as cláusulas sociais.

 

Fonte: Rita Garrido – STIMMMEC

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Publicado em:17/04/2019

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