#Destaques | 06/03/2018
Os sindicatos dos metalúrgicos da CUT do Rio Grande do Sul não terão mais o imposto sindical dos trabalhadores. Com a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e que entrou em vigor em novembro de 2017, o desconto do imposto não é mais obrigatório.
Algumas centrais sindicais já ingressaram na Justiça pedindo a permanência do imposto. No entanto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em conjunto com seus sindicatos filiados, optou por manter posição contrária ao tributo, que não terá parcela descontada dos trabalhadores e trabalhadoras no mês de março. O posicionamento, que não vem de hoje, reforça uma preocupação antes já existente: a discussão da sustentação sindical, que na visão da Central deve ser deliberada por toda a categoria.
A partir deste ano, a manutenção dos sindicatos passa a ser de responsabilidade única e exclusiva dos trabalhadores e é esta discussão que estamos iniciando no momento. Durante a Campanha Salarial vamos debater com todos os companheiros e companheiras como continuaremos mantendo um sindicato forte.
Sindicato significa união de forças dos trabalhadores
Com a reforma trabalhista a precarização do trabalho já começou. O acesso à Justiça do Trabalho está mais difícil, a flexibilização regulamentada por lei beneficia os interesses do empresariado e junto a isso soma-se a tentativa de enfraquecimento dos sindicatos. O objetivo é que o trabalhador fique sozinho, frente a frente com o patrão para negociar seus direitos. Nessa relação desigual de forças quem sairá perdendo?
Por isso, reafirmamos que somente com união poderemos enfrentar este novo cenário. São os sindicatos que, além de representarem e defenderem os trabalhadores, negociam e fazem cumprir os acordos. Ao longo dos anos, a categoria metalúrgica conquistou direitos que estão na convenção coletiva, inclusive reajuste salarial, que não tem previsão em lei.
A garantia das conquistas obtidas até aqui e o enfrentamento do que vem pela frente passa pelo fortalecimento dos sindicatos. Um sindicato não se faz sozinho, o apoio e participação dos trabalhadores são fundamentais. É isso que define a força de uma categoria. Já falamos antes e repetimos, daqui para frente nosso lema tem que ser “UM POR TODOS E TODOS POR UM”! Quanto mais organizados e unidos mais força teremos para a manutenção do que já conquistamos.