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#Destaques | 11/05/2016

Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. À mesa: senador Vicentinho Alves (PR-TO); presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); senador Jorge Viana (PT-AC) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Plenário do Senado durante sessão não deliberativa dessa segunda (9 de maio) | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A rede internacional BBC, através da sua sucursal brasileira, reuniu dados de diversas fontes para traçar um perfil do Senado que vota nesta quarta-feira, dia 11, a aceitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

 

 

Homem (86%), branco (91%), com curso superior (84%), membro de clãs políticos (60%) e com algum tipo de processo na justiça (58%), é o resumo do perfil dos membros da câmara alta, informam os dados levantados, em sua maioria, pela ONG Transparência Brasil.

 

 

AS MAIORES BANCADAS

 

 

O estudo também revela que a maior bancada presente no Senado é a ruralista, com uma fatia 30% dos membros. Representatividade semelhante tem a bancada concessionária de rádios e TVs (23,5%), que, na prática é uma bancada clandestina, pois, a Constituição proíbe esse tipo de concessão aos ocupantes de cargos eletivos, porém, o dispositivo nunca foi regulamentado.

 

 

Isolada em uma distante terceira posição, segue a bancada sindicalista, que conta com 11% do Senado.

 

 

ELEITOS COM VOTO DIRETO

 

 

Numa equação inversa a apresentada na Câmara, o Senado conta com apenas 13% de senadores que não foram eleitos pelo voto direto, atualmente no exercício da suplência.

 

 

Está tramitando uma PEC que impede senadores de concorrerem à eleição, colocando na suplência seus parentes ou financiadores de campanha. Essa prática é considerada corriqueira. Dos 54 senadores eleitos em 2010 para um mandato de 8 anos, 20 se licenciaram para concorrer nas eleições de 2014 (37%), que geraram parte dos atuais 11 senadores suplentes.

 

 

ENVOLVIDOS COM A JUSTIÇA

 

 

Ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas acometem pelo menos 47 dos 81 senadores (58%). As suspeitas e/ou acusações são na maior parte de improbidade administrativa, porém, também há processos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As informações são do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.

 

 

Fonte: Jornal Já

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Publicado em:11/05/2016

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