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#Destaques | 27/08/2018

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, por meio de nota, declara apoio incondicional ao SISME – Sindicato dos Servidores Municipais de Esteio – que sofre ameaça de retirada do terreno em que se localiza a sede social da entidade, conforme notificados pela Prefeitura do Município. Em tempos de perseguição ao movimento sindical combativo, tais ações evidenciam as tentativas de calar aqueles lutam pelos trabalhadores, principalmente pelo direito que estes tenham representação.

 

Cedido há mais de duas décadas, o espaço foi ampliado com muito esforço e com a contribuição da categoria. Recentemente, com uma nova direção à frente do Sindicato, a luta pelos direitos dos servidores do município foi ampliada, renovada, e para os dirigentes da entidade, está clara a tentativa de esmagar qualquer tipo de crítica e/ou oposição à administração pública.

 

Nosso sindicato, que possui mais de 55 anos de histórias e embates junto à classe trabalhadora, tem consciência da importância do espaço físico para o acolhimento dos trabalhadores(as), suas dúvidas, denúncias e reivindicações. A organização sindical é um direito previsto na Constituição Federal, e que assim como tantos outros, sistematicamente tem sido atacado para a implementação de políticas neoliberais que precarizam a vida e o bem estar da população.

 

Neste momento, clamamos pela unidade dos servidores e das demais categorias da região.

 

Somos todos contra a retirada da sede social do SISME!

 

Paulo Chitolina.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita

 

 

Confira, na íntegra, o manifesto do SISME:

 

 

MANIFESTO DOS SINDICATOS E MOVIMENTOS SOCIAIS EM DEFESA DA SEDE SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE ESTEIO/RS

 

Nesta segunda-feira (20/8), o SISME foi surpreendido com uma notificação do Prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (PP), exigindo a entrega das chaves da sede social dos servidores públicos municipais de Esteio em 5 dias úteis. Faz mais de 2 décadas que a prefeitura municipal cedeu o terreno para os servidores construírem sua sede social. E com muito esforço e dinheiro da categoria, ao longo de 20 anos os servidores construíram benfeitorias na ordem de algumas centenas de mil reais.

 

O governo municipal alega que o espaço será utilizado para a construção de um Centro de Atendimento ao Idoso. E assim como faz o SISME, achamos fundamental o investimento em saúde e o cuidado com a população mais madura. A população idosa tem o direito de ter Centros de Atendimento especializado. E nos somamos à luta para que o prefeito e os governantes cumpram suas promessas de campanha e invistam na saúde e assistência social. Porém, como informa o SISME, não se conhece qualquer medida legislativa ou discussão nos fóruns municipais de saúde quanto à construção de um Centro de Atendimento ao Idoso na cidade. Não nos surpreenderia portanto que amanhã ou depois o Prefeito decidisse entregar o espaço tirado dos servidores para a iniciativa privada “gerir” o Centro de Atendimento. O que aliás é uma marca da gestão.  

 

Ao mesmo tempo em que quer retirar a sede social dos servidores municipais, há 69 concessões de imóveis públicos na cidade. Muitas delas para entidades da maçonaria, OAB e igrejas. Não é estranho que ocorreram inúmeras novas concessões e renovações de imóveis na gestão Pascoal, mas que só do SISME o prefeito quer retirar?

 

É evidente que o prefeito do Partido Progressista, partido que possui vínculos históricos com a ditadura civil militar, Leonardo Pascoal está perseguindo politicamente o SISME e os servidores públicos de Esteio. Quer retirar este espaço como forma de tentar esmagar qualquer tipo de crítica e oposição e ao mesmo tempo mandar um recado bem claro a outras entidades e instituições que tem concessão pública para que se alinhem ao governo, ou estão fora.

 

Por isso nós, entidades, movimentos e lideranças nos manifestamos em solidariedade aos servidores públicos municipais de Esteio e em defesa da sede social do SISME. A luta de vocês é a nossa luta! Nenhum Direito a menos!

Fontes:

Publicado em:27/08/2018

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