STIMMMEC
#Destaques | 19/08/2024
Em bairros como Rio Branco, Mathias Velho e São Luís, em Canoas, a água atingiu cerca de 3 metros de altura, o que por si só resultaria em perdas sem precedentes. No entanto, a inundação que se instalou por mais de 20 dias no lado Oeste da cidade foi o que decretou o estado crítico que o município, trabalhadores e empresas, enfrentam há mais de 3 meses.
Após um trabalho intenso na acolhida dos desabrigados e de ajuda aos metalúrgicos e metalúrgicas da base que foram atingidos, o Sindicato foi à campo. Em visitas às empresas, conversou com trabalhadores/as e empresários para levantar percepções sobre o momento de retomada da produção.
“Uma das nossas maiores preocupações é com a garantia dos empregos dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, estamos atentos às empresas, em como estão atuando, se estão conseguindo se reerguer e, até mesmo, mapear quais as principais necessidades delas”,explica o presidente do Sindicato, Paulo Chitolina.
Pesquisa na base
A partir de uma breve pesquisa elaborada pela entidade, a situação encontrada nas mais de 70 empresas visitadas é crítica. Com relatos de um futuro incerto, os rastros da enchente ainda eram perceptíveis no percorrer dos bairros. Dentro das empresas, a instabilidade do maquinário e o infindável trabalho de limpeza e reformas são os fatores que tem feito trabalhadores e trabalhadoras retornarem às suas atividades de forma improvisada.
“Não foi uma ou duas empresas que encontramos nessa situação. São vários os relatos de máquinas danificadas pela água que mesmo após o conserto voltaram a apresentar problemas.” conta Cecilio Guterres, diretor sindical que acompanha as empresas localizadas na região da Rua Berto Círio.
Sem recorrer a demissões
Apesar da situação crítica para o trabalho, o mapeamento do Sindicato constatou que as empresas,
em especial de pequeno porte, não recorreram a demissões, tampouco a descontos e/ou compensação dos dias parados.
Para o diretor sindical Antonio Munari, há uma cooperação entre trabalhadores e empresários. “É pela via da compreensão que o atual momento está se construindo. Muitas empresas ajudaram os trabalhadores no momento crítico e estão recebendo ajuda na retomada. Uma minoria de metalúrgicas, acreditamos, findou recorrendo a compensação dos dias“.
Fonte: STIMMMEC
Notícias Relacionadas
#Destaques | 19/08/2024
No rastro da enchente: “ficou tudo embaixo d’água”
Diferente da pandemia da COVID-19, a enchente de maio tem como pontos críticos as perdas e danos materiais para a indústria. Nos bairros atingidos diretamente, ainda são visíveis marcas nas paredes, nos muros e portões das empresas. O trabalho de organização e li...
#Notícias | 19/08/2024
Especial Reconstrução RS: “Mais devastadora do que a Pandemia”
Trabalhadores/as e empresas metalúrgicas de Canoas e Nova Santa Rita enfrentam os desafios para a retomada do trabalho na base após viverem a pior enchente da história Maio de 2024 está marcado no alto das parades, no maquinário paralisado e desmontado no chão das...