#Notícias | 29/05/2015
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita criticou a terceirização e deu o ponta pé inicial na campanha salarial da categoria.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita organizou na manhã desta sexta-feira um ato de paralisação em frente a três grandes fábricas da cidade de Canoas. A manifestação fez parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações rumo a Greve Geral, que conta com mobilizações em todo o país. O presidente da entidade, Paulo Chitolina, garantiu em sua fala que o sindicato persistirá na luta contra a terceirização e por um aumento real para a categoria: “Não vamos arredar pé”.
Na cidade, o ato contou com o apoio de diversas lideranças políticas, como os vereadores Ivo Fioretti, Emílio Neto e Nestor Schwertner; o deputado estadual, Nelsinho Metalúrgico e a secretária municipal de desenvolvimento social, Maria Eunice, além da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTMRS), representada pelo Milton Viário, e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), representada pelo secretário de política sindical, Loricardo de Oliveira .
Desde às 6h, AGCO, MWM International e Midea Carrier tiveram os portões bloqueados. Com a chegada dos trabalhadores, a partir das 7h, lideranças sindicais bloquearam a Avenida Guilherme Schell em ambos os sentidos para a realização de uma assembleia que buscou conscientizar a classe trabalhadora sobre as consequências do projeto de lei 4330, que visa a terceirização, além de também abordar o início da campanha salarial da categoria.
Reforçando a manhã de paralisações, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, Valmir Lodi, criticou o projeto da terceirização e chamou a atenção para o atual congresso conservador, eleito com o dinheiro dos empresários, que hoje querem a todo custo aprovar a precarização dos trabalhadores. Lodi também falou da campanha salarial de São Leopoldo, que se aproxima de sua data base (1º de julho) e ainda não apresenta negociações por parte da mesa patronal: “Esta crise é inventada pelos patrões, mas o Rio Grande do Sul não vai se entregar, pois aqui tem sindicato que luta.”
Desde o dia 24 de abril, o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita tenta negociar com a mesa patronal o reajuste para a categoria, porém sem sucesso. Definido em assembleia, os metalúrgicos pedem a reposição das perdas inflacionárias (8,34%), mais aumento real de 3%. “Nós temos que dar o recado para a patronal. Se precisar vamos repetir a campanha de 2014 e ficar oito meses lutando pelo aumento real”, afirmou Chitolina.
Sobre a importância do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, o presidente dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita garantiu que a luta tem que ser feita e que os trabalhadores podem se preparar para a possibilidade de uma greve geral: “Os empresário lucram com o suor dos trabalhadores e nós sabemos que as empresas não têm mais planos de cargos, salário ou incentivo ao trabalhador. Não podemos precarizar e a nossa luta é pra acabar com essas desculpas de crise e garantir empregos e direitos dos trabalhadores.”
O ato teve fim próximo às 9h, com a liberação do trânsito e sem qualquer registro de incidente. No final da manhã, o sindicato se uniu com os demais movimentos sindicais, políticos e populares em um grande ato em Porto Alegre.
Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC