Nesta sexta-feira (27), o Sindicato mobilizou os trabalhadores e trabalhadoras da Midea Carrier em frente à fábrica para intensificar a pedida do vale-alimentação. Sem avanço nas tentativas de negociação com a empresa, iniciadas em agosto, os dirigentes sindicais destacaram a conquista do benefício em outras metalúrgicas da base e deram o recado: “Se a Midea é a melhor empresa para se trabalhar no Rio Grande do Sul, como diz a placa na entrada, ela precisa considerar o vale-alimentação”.

O vale-alimentação foi uma pedida da Campanha Salarial deste ano, no entanto, é um benefício que o Sindicato vem tentando conquistar na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) há pelo menos dois anos. Sem consenso na mesa de negociações da campanha, a categoria deliberou na Assembleia Geral que aprovou o reajuste do ano, a continuidade da luta pelo benefício.

Paulo Chitolina, presidente do Sindicato, lembrou os trabalhadores/as de que a pauta é coletiva e por isso mesmo se busca há anos a inclusão na Convenção Coletiva, de forma a garantir o benefício a todos os metalúrgicos/as da base. No entanto, não há nada que impeça que esta seja também uma luta por fábrica.

O vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, reforçou a importância da pauta no atual contexto econômico dos trabalhadores. Para ele, o vale-alimentação é uma forma de aliviar a renda dos trabalhadores, visto que não há um plano de valorização dos salários, restando apenas o reajuste que é negociado todos os anos pelo Sindicato.

CIPAA RENOVADA

Na última semana, foi realizada a eleição da CIPAA na empresa. Neste contexto, os dirigentes sindicais parabenizaram os novos cipeiros e também os reeleitos, tanto na Midea quanto na Climazon. Ainda, reforçaram a importância da Comissão no local de trabalho, que desde março deste ano também está encarregada pela fiscalização sobre os casos de assédio no ambiente de trabalho.

Cecílio Guterres, que é diretor de formação do Sindicato e metalúrgico da Midea Carrier, lembrou que mais importante do que dar o voto para o trabalhador ou a trabalhadora, é preciso cobrar ação e trabalho destes cipeiros.

“O Sindicato faz a parte que lhe cabe, inclusive buscando uma garantia de liberação dos cipeiros para trabalhar a formação e a atualização destes trabalhadores quanto à legislação”.

Fonte: STIMMMEC