
Rita Garrido
#Notícias | 11/02/2025
A segunda-feira (10) foi marcada pela paralisação total das atividades nos três turnos da empresa
Já era madrugada de terça-feira (11) quando o Sindicato encerrou o dia de mobilização na Maxiforja, em Canoas. A luta, que teve início às 5h da manhã de ontem (10), durou cerca de 20 horas e paralisou todos os turnos de trabalho da empresa. A insatisfação com o programa de participação nos resultados (PMR) foi o estopim da revolta dos trabalhadores, que também reivindicaram o fim dos acordos individuais para jornada 6×1 e mais abertura da direção da metalúrgica para negociar benefícios, como um vale-alimentação.
Ainda ontem, o Sindicato solicitou junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) uma mediação para alcançar alternativas aos impasses com a Maxiforja. O encontro entre as partes está agendado para hoje, a partir das 15h, em Porto Alegre.
ADESÃO TOTAL À LUTA
A avaliação positiva da mobilização já estava visível nas primeiras horas da segunda-feira, quando os trabalhadores, em sua totalidade, cruzaram os braços e não ingressaram na fábrica. O turno da tarde, ciente da paralisação, seguiu com a adesão total, que se estendeu para o turno da noite.
O Sindicato, presente na frente da fábrica durante todo o dia e parte da noite, realizou assembleias para tratar das insatisfações, que com frequência são relatas nos canais da entidade. Além da suspensão das negociações do PMR para 2025, a fábrica reivindica maior valorização do programa, que ano após ano é modificado pela empresa para o pagamento de percentuais de participação cada vez menores.
Se comparado com programas negociados em outras grandes metalúrgicas da base de Canoas e Nova Santa Rita, ou até mesmo com o PLR da cliente da empresa, a Scania de São Bernardo do Campo/SP, a Maxiforja hoje pratica uma distribuição de resultados inferior, que não condiz com o tamanho e a expansão da empresa nos últimos anos.
Confira registros da mobilização de ontem.
Fonte: STIMMMEC