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#Destaques | 20/02/2019

 

Na manhã desta quarta-feira (20), no mesmo instante em que Jair Bolsonaro (PSL) entregava ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), a proposta de reforma da Previdência, mais de 10 mil trabalhadores e trabalhadoras ocupavam a Praça da Sé, no centro da capital paulista, na Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, para dizer ‘não’ à proposta que praticamente acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras.

 

Para a CUT e demais centrais sindicais que estão organizando a luta de resistência – Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB –, as propostas apresentadas hoje pelo governo confirmam a avaliação de que as medidas, que incluem o modelo de capitalização da Previdência, obrigatoriedade da idade mínima (65 anos homens e 62 anos mulheres) para se aposentar, e duras regras de transição, não servem para os trabalhadores e trabalhadoras que irão morrer sem conseguir ter acesso a uma aposentadoria digna.

 

Nesse sentido, foi tirado um calendário de lutas que prevê, além de atos públicos, mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do País. O objetivo é dialogar com toda a população e esclarecer as consequências nefastas das propostas apresentadas por Bolsonaro.

 

“Na convocação de grandes atos unitários, destacamos o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e o 1º de Maio, Dia do Trabalhador”, diz trecho do documento aprovado pelos trabalhadores na Assembleia Nacional.

 

Além disso, foi deliberado “a realização de um dia nacional de lutas e mobilizações em defesa da Previdência Social Pública e contra o fim da aposentadoria, em data a ser estabelecida pelas centrais sindicais, como parte da Jornada Nacional de Lutas em defesa da Seguridade e a Previdência Social”.

 

Setor público e privado

 

O professor da rede estadual e presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, criticou a proposta de Bolsonaro, a quem ele se refere como presidente fake, denunciando que o governo tenta colocar os trabalhadores do setor privado contra os servidores públicos.

 

“Precisamos, antes de tudo, manter a unidade dos trabalhadores do setor público e privado, do campo e da cidade, porque essa proposta de reforma nada mais é do que o fim do direito à aposentadoria de todos nós”, defendeu o dirigente.

 

“Ninguém mais vai se aposentar se não lutarmos. O caminho é continuar a construir a luta de resistência e impedir o avanço dessa proposta”.

 

Fonte: Tatiana Melim – CUT Nacional

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Publicado em:20/02/2019

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