#Notícias | 24/09/2015
Um grupo de 30 haitianos, moradores do bairro Niterói, em Canoas, tiveram sua situação avaliada para inclusão no Cadastro Único (CadÚnico), na noite de quarta-feira (23). O trabalho de cadastramento, necessário para que eles sejam beneficiados pelos programas sociais do Governo Federal como Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Prouni e Pronatec, começou pelo bairro Guajuviras, com apoio de um grupo de voluntários da região. No Niterói, a SMDS atende aos interessados, semanalmente, nas quartas-feiras à noite, além de quintas e sextas-feiras, das 13h às 17h, sempre na igreja Metodista da rua Pandá Calógeras.
Os haitianos são orientados também sobre os documentos de que precisam. A maioria tem apenas visto provisório no Brasil, o que dificulta sua colocação no mercado de trabalho. A maior parte é homem, jovem, que saiu de seu país devido à falta de oportunidades.
Os imigrantes foram atendidos pela equipe do CadÚnico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) e pela assistente social Judite Ludwig, que integra a Vigilância Socioassistencial da SMDS, responsável pela identificação de públicos especiais.
Novas oportunidades
O advogado Enock Cheri, 38 anos, foi um dos cadastrados. Ele vive há um ano no Brasil, já trabalha, se comunica em português e busca melhorar sua condição para receber também a mulher e os filhos. O comerciante Eguintz Eugene, 32 anos, chegou há dois meses e está disposto a abraçar qualquer chance de trabalho para também receber a família. Todos manifestam o desejo de permanecer no Brasil.
A advogada Luci Mari Leite Jorge é uma das voluntárias que atua em apoio aos haitianos na igreja Metodista, onde um grupo de aproximadamente 40 imigrantes se reúne a cada 15 dias para organizar uma associação, cantar e se apoiarem mutuamente. Ela conta que muitos deles já frequentavam a igreja no Haiti, procuraram a comunidade do Niterói e receberam apoio do pastor Luís Colatto. “Até pessoas de outras religiões nos ajudam nesse trabalho”, conta Luci. Os voluntários buscam, agora, alternativas para oferecer aulas de português aos haitianos, que falam o crioulo. Ela estima que mais de 200 vivem somente no Niterói, em grandes grupos.
Fonte: Sul 21, com informações da prefeitura de Canoas