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#Destaques | 15/03/2016

AGCO

Acordo no TRT beneficia demitidos

 

 

Ao longo da história, quando precisava tomar decisões que causassem demissões ou perda de direitos e benefícios, a direção da Agco sempre procurava a direção do sindicato para negociar. No dia 15 de fevereiro, a empresa demitiu 63 trabalhadores numa tacada só, de forma arbitrária, sem fazer qualquer negociação e estabelecer um diálogo.

 

 

“Demissão em massa sem negociação, não dá! Não restou outra alternativa que não fosse o jurídico trabalhista do Sindicato entrar com uma ação de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, pedindo audiência para reintegrar os demitidos e, na pior das hipóteses, conquistar alguns avanços para que eles pudessem enfrentar o desemprego com mais dignidade”, revelou Silvio Bica, vice-presidente do sindicato e funcionário da Agco.

 

 

Duas audiências foram realizadas: a preliminar, na quinta-feira, 18 de fevereiro, sem acordo, e a conclusiva, na tarde da terça-feira, 23 de fevereiro, com acordo. Nesta, a empresa continuou não abrindo mão das demissões, mas aceitou negociar alguns benefícios para os 61 demitidos, pois, atendendo laudo do médico do Trabalho do sindicato, Dr. Rogério Dornelles, o TRT mandou reintegrar dois trabalhadores que, por doenças profissionais, não deveriam ter sido demitidos.

 

 

Ficou combinado que a empresa pagaria junto com as verbas rescisórias um salário base a mais para os demitidos. Também ficou acertado que a empresa teria de cumprir o acordo de PLR e pagar o benefício até o dia 29 de fevereiro e não no dia 15 de março, como pretendia fazer. Por último, a empresa concordou estender até o final do mês de junho o plano de saúde para todos os demitidos e respectivos dependentes. Para as mulheres grávidas – inclusive as dependentes – o plano de saúde será estendido até a alta do hospital. Para os trabalhadores e dependentes que estejam fazendo tratamento prolongado também, desde que o interessado comprove esta situação no RH da empresa.

 

 

Participaram das audiências o presidente e o vice-presidente do Sindicato, Paulo Chitolina e Silvio Bica; o secretário geral da entidade, Flavião; o escritório jurídico representado pela Dra. Lídia Woida e o Dr. Lauro Magnago; e os demais dirigentes sindicais da fábrica.

 

Master Energia

Atraso nos salários gera paralisação e pedido de demissão indireta

 

 

Desde o final de 2015, os trabalhadores da Master Energia, empresa canoense que fabrica torres para elevadores, sofrem com atrasos nos pagamentos de salários. O fato ocorreu em dezembro e a empresa também não pagou a segunda parcela do 13º salário.

 

Ao retornar do feriado de final de ano, os funcionários decidiram paralisar as atividades até a regularização da situação. Neste período, seis trabalhadores entraram com o pedido de demissão indireta, opção pela qual qualquer trabalhador pode legalmente pedir o desligamento devido a uma falta grave da empresa, recebendo todas as verbas rescisórias. No caso da Master Energia, o atraso no pagamento dos salários e do 13º salário e o não depósito do FGTS, foram os motivos alegados. Uma audiência está marcada para solucionar o caso no dia 17 de maio.

 

 

Metalúrgica Francapi

Bloqueio de bens pra garantir pagamento de direitos

 

 

Desde 2015, a Metalúrgica Francapi – que produz equipamentos para as indústrias de fertilizantes, empresas agrícolas, rodoviárias e da construção civil, entre outras – vem apresentando problemas de gestão. Durante o ano, esta empresa situada no Bairro Niterói, em Canoas, reduziu o quadro de funcionários em cerca de 50%, fechando o ano com um quadro de 44 trabalhadores. Agora, alegando crise causada pela retração no ramo das empreiteiras, a Francapi resolveu reduzir novamente pela metade seu quadro de funcionários e informou não ter condições de arcar com os salários atrasados desde outubro de 2015 e outros direitos como férias, 13º salário e verbas rescisórias.

 

 

Diante deste quadro, o Sindicato moveu uma ação para bloquear os bens da empresa. O objetivo é garantir o pagamento dos direitos dos trabalhadores. No dia 19 de fevereiro, os trabalhadores demitidos estiveram reunidos com a direção do sindicato para realizar rescisão e liberar o fundo de garantia e o seguro desemprego.

 

 

Maxiforja

Denúncia de punição

 

 

O sindicato recebeu denúncia de que a Maxiforja estaria punindo com advertência e sem motivo concreto um trabalhador da produção. Ao adverti-lo, a chefia alegou “desídia”, ou seja, de que estaria fazendo corpo mole para trabalhar, motivo negado pelo trabalhador. Este já teria sido demitido pela empresa no ano passado, mas foi reintegrado porque tinha problemas de saúde nas articulações dos ombros e braços (doença profissional). Ao retornar, a empresa o colocou numa máquina diferente, necessitando adaptação.

 

 

Os dirigentes sindicais estão atentos a este e outros casos e acreditam ser esta uma tentativa da empresa de encontrar meios para demiti-lo por “justa causa”.

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:15/03/2016

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