#Notícias | 16/01/2020
Entre os dias 21 e 25 de janeiro, Porto Alegre sedia o Fórum Social das Resistências 2020, sob o tema “Democracia e Direitos dos Povos e do Planeta”. O evento, que reunirá uma série de atividades como plenárias, seminários e a Marcha dos Povos em Resistência, também se propõe a discutir mudanças para o Fórum Social Mundial (FSM), que teve a sua mais recente edição em 2016, no Canadá.
O secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, que participou de todas as edições anteriores na capital gaúcha, lembra que o FSM nasceu aqui em 2001, sob o lema “Outro mundo é possível”, despertando os movimentos sociais, os povos e os governos de que é preciso derrotar o projeto neoliberal e construir uma sociedade com direitos, distribuição das riquezas, justiça social e paz.
Outro mundo é possível
O FSM surgiu em contraposição ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre anualmente em Davos, na Suíça, e é sustentado por mais de mil empresas multinacionais, em defesa da expansão do neoliberalismo.
“O fórum deste ano tem uma conjuntura diferente de todos os outros. Vamos mostrar para o mundo o que é resistência de verdade”, garante Malu Viana, integrante do Comitê Organizador.
“Estamos fazendo um fórum para nos reinventar. Daqui sai a construção do próximo Fórum Social Mundial”, afirma Mauri Cruz, diretor regional da Abong, que também integra a rede de organizadores do Fórum. Ainda segundo Mauri, espera-se que a reunião do Conselho Internacional, que acontecerá durante o evento, estabeleça mudanças na fórmula do FSM.
Desde o início, o FSM já visitou 9 países em suas 12 edições.
Programação
Entre as principais atividades do Fórum está uma marcha de abertura, prevista para o primeiro dia do evento, no final da tarde da próxima terça-feira (21), que irá partir do Largo Glênio Peres e encerrar no Largo Zumbi dos Palmares, com o Ato por Democracia e Direitos dos Povos.
A programação também irá contar com discussões sobre a conjuntura internacional e latina, plenárias sobre diferentes temas ligados à resistência, exibição de filmes, cerca de 50 atividades autogestionadas, a Feira de Economia Solidária e o Festival das Culturas de Resistência.
Confira algumas atividades!
– dia 21: Marcha de Abertura do Fórum Social das Resistências 2020
– dia 22: Assembleias de Convergência
– dia 23: Mesas de Debates
– dia 24: Assembléia dos Povos
– dias 25 e 26: Reunião do Conselho Internacional do FSM
A programação completa será divulgada nos próximos dias no site.
Inscrições
O credenciamento do Fórum iniciará na próxima terça-feira (21), a partir das 9h no SindBancários (Rua General Câmara, 424), no Centro Histórico de Porto Alegre.
Diferentemente da edição anterior, devido a problemas operacionais, este ano o pagamento das inscrições será realizado apenas presencialmente. A taxa de inscrição é de R$ 20,00 e o pagamento poderá ser realizado diretamente no credenciamento, onde os participantes já retiram seus materiais.
Os participantes poderão se inscrever nos dias 21, 22 e 23 de janeiro, das 9h às 17h, no local.
Dúvidas ou informações adicionais podem ser obtidas através do e-mail: espaco.fsm.poa@gmail.com
Hospedagem Solidária
Ao invés do tradicional Acampamento da Juventude, para receber os participantes do Fórum, será disponibilizado espaço em ocupações urbanas da Capital.
São cerca de 300 vagas nas ocupações Ksa Rosa, Saraí e Assentamento 20 de Novembro. Ezequiel Morais, dirigente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, conta que “as famílias estão se sentindo parte de uma luta em prol de seus direitos e que agora sabem que não estão sós na resistência”.
Os interessados podem entrar em contato através do e-mail espaco.fsm.poa@gmail.com
Comitê Organizador
Fazem parte do Comitê Organizador: Abong, Ação Educativa, CAMP, CEAAL, CEBs, Clacso, CNJP, CUT, CTB, UGT, FALP, FMEducação, FS das Pessoas Idosas, FMML, FREPOP, FUNPOTPMA, Ibase, IDhES Instituto, Instituto Ethos, Instituto Parrhesia, IPF, Geledés, MMM, MNLM, Movimento Comunitário, Profetas da Ecologia, RECID, SEMAPI, Sindicato dos Artesões, UBM, UNEGRO, UNIVENS, Vida Brasil e VPoa.
Fonte: CUT-RS com Sul21