#Destaques | 28/04/2016
Federação realizou plenária nessa quarta-feira, 27, data em que os metalúrgicos de Canoas e NSR aprovaram a pauta de reivindicações da categoria
Com a proximidade do início da Campanha Salarial 2016 dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, o Sindicato realiza e participa de encontros para articular suas estratégias. Neste ano, de acordo com a pauta aprovada na Assembleia Geral, realizada na noite dessa quarta-feira, 27, serão discutidas apenas as cláusulas econômicas, tendo em vista que as cláusulas sociais foram acordadas na última campanha e validadas por dois anos. A crise do cenário político e econômico do país também deve influenciar e compor os temas da campanha.
Nesta quarta-feira, 27, representantes dos 29 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do RS reuniram-se em uma Plenária, realizada na sede do Sindipolo, em Porto Alegre. No encontro, além de debater o cenário político do país, os dirigentes retiraram a pauta de reivindicações que servirá como base para a Campanha Salarial da categoria neste ano.
Cedenir de Oliveira, representante do MST no Estado, traçou uma análise sobre a trajetória política do país, desde as eleições de 2002, que levaram Lula à presidência, até o momento de crise atual. Para ele, a criação da Frente Popular Brasil, que atualmente articula mobilizações em conjunto com centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares, foi a oportunidade de ter representação partidária em um cenário de crise que envolve os principais partidos políticos do país.
“O desafio agora é como os trabalhadores vão se posicionar diante de um cenário de golpe”, destacou Oliveira, reforçando que até o momento as mobilizações organizadas foram apenas para agitar os ânimos da oposição. “Agora, precisamos organizar um processo de enfrentamento, revolucionar os movimentos de massa”.
O Dieese, parceiro dos sindicatos em pesquisas e análises do cenário econômico, apresentou na plenária um boletim com dados e informações para subsidiar as negociações da campanha salarial. Geração de empregos e demissões, volume de produção das empresas, assim como exportações e importações foram pontos avaliados pelo departamento e apresentados pela economista Cristina Vieceli.
No espaço aberto aos sindicalistas, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e NSR, Paulo Chitolina, fez uma ligação do movimento contra o golpe e os anos de luta sindical da categoria metalúrgica. “Muitos companheiros saíram às ruas gritando que não vai ter golpe, mas sim luta. Mas nós sempre fizemos luta, nunca nos apelegamos, inclusive nos anos em que não vivíamos uma crise”. O presidente exemplificou lembrando da campanha salarial de 2015, quando a base realizou assembleias, paralisações e colocou a categoria em estado de greve.
Os juristas do escritório Woida, Dra. Lídia Woida e Dr. Lauro Magnago, também estiveram presentes no encontro para firmar as decisões retiradas pelos sindicalistas e juntamente auxiliar na análise da categoria.
Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC