#Notícias | 12/12/2017
2017 foi um ano de desafios para a classe trabalhadora. Já em 2016, no pós golpe, começamos a enxergar os obstáculos que seriam impostos pelo governo de Michel Temer: medidas econômicas de arrocho, congelamento de investimentos nos setores públicos, as reformas na legislação trabalhista e na Previdência Social e a terceirização. Acompanhamos as denúncias feitas contra o presidente mais impopular que o país já teve e que, para se salvar, utilizou de dinheiro público – cerca de 12 bilhões – para comprar apoio dos parlamentares. Saiu ileso e deu sequência ao ataque.
Se comparado ao barulho – de panelas e mobilizações aos domingos – a favor do impeachment de Dilma Rousseff, é possível afirmar que as práticas de Temer, escancaradamente nefastas à classe trabalhadora, agradam a muitos. Principalmente a classe empresarial, que com o (des)serviço dos grandes meios de comunicação, legitimou apoio às políticas de um governo sem compromisso com os trabalhadoras e trabalhadoras e cegou um país com a perseguição a um único partido, responsável por anos de políticas de inclusão e crescimento nacional.
Neste contexto, o movimento sindical clamou resistência. Foi às ruas e trabalhou sem descanso para jogar luz à barbárie política do país. Em Canoas e Nova Santa Rita, inúmeras foram as assembleias, as audiências públicas, os debates, as mobilizações e greves junto à categoria. Em frente às fábricas e nos informativos da entidade, não foram poucos os avisos de que o golpe não era contra um partido ou uma presidenta, mas sim contra a classe trabalhadora e os anos de avanços e conquistas. E mesmo assim, foram muitas as críticas a um dos poucos movimentos que zela pelo compromisso com os direitos e as conquistas trabalhistas.
No entanto, 2018 aponta com esperança. No Sindicato, uma nova direção que tomou posse em 1º de setembro se prepara para os embates de um ano que promete grandes lutas e mobilizações. No país, teremos a chance de redimir os equívocos do impeachment e novamente eleger uma representação de forma legítima e democrática. Vamos em frente, com união, para garantir nossos direitos e avançar na constante luta por condições e dignidade para todos e todas.