#Destaques | 06/04/2016
Embora os dirigentes sindicais tenham suas preferências políticas, o nosso sindicato – enquanto instituição que representa milhares de trabalhadores e trabalhadoras – não está indo às ruas para defender partidos e determinadas personalidades políticas, mas para defender a democracia e um projeto de desenvolvimento e inclusão social que, ao longo dos últimos anos, melhorou muito as condições de vida da população. Basta ver nos indicadores sociais de nosso país o número de pessoas que saíram da miséria e da pobreza, tiveram oportunidades para morar, trabalhar, estudar, obter crédito, melhorar a renda, viajar…
Como não poderia ser diferente, somos contra a corrupção e entendemos que todos os envolvidos, independente de partidos e posições sociais, devem ser devidamente investigados e punidos, caso tenham cometido de fato os crimes denunciados.
Infelizmente, não é o que vem acontecendo, pois os casos de corrupção que envolvem os grandes meios de comunicação, as grandes empresas, os grandes empresários e gente muito rica e famosa, arrastam-se no Judiciário e sequer são abordados nos meios de comunicação. O foco único é Dilma, Lula, o PT e a esquerda em geral. O objetivo é enganar a população em geral, fazê-la crer que a corrupção só existe de 2003 para cá e que a responsabilidade por ela existir é daqueles que mais a combateram porque criaram mecanismos de controle e reforçaram os órgãos de fiscalização, investigação e combate, como a Polícia Federal, por exemplo.
Na nossa opinião, há um golpismo sendo orquestrado pela grande imprensa, setores do Judiciário, órgãos de segurança, instituições patronais e uma oposição raivosa que não se conforma com a derrota de 2014 e agora quer ganhar no tapetão. Trabalham diuturnamente – inclusive dentro do governo – para desacreditar e criminalizar pessoas e um governo por irregularidades distantes da corrupção.
Acreditamos que a crise política e econômica do país – turbinada pelos desdobramentos das sucessivas fases da Operação Lava Jato – está servindo de biombo, de cortina de fumaça para esconder a real intenção de quem defende os interesses da elite brasileira, que é transferir para o governo a culpa pela crise econômica, enfraquecer os partidos de esquerda e mais facilmente impor sua agenda política que visa a retirada ou a flexibilização de direitos trabalhistas e sociais.
Nossa luta é para que golpe não seja consumado, a democracia volte a imperar, as instituições voltem a funcionar, a crise seja enfrentada com o esforço de todos e os 55 projetos que hoje tramitam no Congresso Nacional não sejam aprovados. E você tem de estar com a gente nesta luta.
Fonte: STIMMMEC