#Destaques | 14/01/2020
A metalúrgica Dongwon, de origem sul-coreana, iniciou suas atividades em Canoas há menos de um ano. No entanto, o curto período de tempo foi o suficiente para que a empresa assumisse a liderança em denúncias e descontentamento de trabalhadores e trabalhadoras ao Sindicato. Assédio moral, acidentes, falta de segurança, insalubridade e mudanças na jornada de trabalho são reclamações que chegam diariamente através dos dirigentes ou das redes sociais.
Na manhã desta terça-feira (14), o Sindicato realizou a primeira assembleia em frente à Dongwon para conscientizar os metalúrgicos a respeito da importância de lutarem junto à entidade por melhores condições de trabalho. “A empresa investiu milhões para ter maquinários de ponta, possui a linha de montagem mais moderna do mundo e se organizou muito bem para a produção. Mas está claro que a situação dos trabalhadores não estava no planejamento”, disse Antonio Munari, dirigente responsável pela atuação sindical na fábrica.
De acordo com o tesoureiro do Sindicato, Flavio Souza, a chegada da empresa ao município foi vista com bons olhos pelos canoenses, já que ofereceu quase 200 postos de trabalho, mas as inúmeras promessas não foram cumpridas. “Eles são bem vindos aqui, mas o acordo coletivo deve ser respeitado e cada trabalhador tem que ser tratado com dignidade”, afirmou. Flavio reforçou que se for necessário, todos deverão cruzar os braços e reivindicar junto ao Sindicato por providências da empresa.
Por fim, Paulo Chitolina, presidente da entidade, aproveitou o dia da eleição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) para informar aos presentes que o momento é de escolha de representantes que cobrem da fábrica a entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e prevenções para que não ocorram novos acidentes. Futuramente, será discutida também a questão salarial, visto que a grande maioria dos funcionários ganha apenas o piso metalúrgico.
Fotos: Matheus Leandro – STIMMMEC