#Destaques | 06/03/2018
Segundo dados apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), as mulheres metalúrgicas de Canoas e NSRita correspondem a 21,5% do total da base. Este percentual vem crescendo nos últimos onze anos enquanto diminui o número de homens na categoria.
As metalúrgicas também possuem maior nível de escolaridade, concentrado principalmente entre as que possuem pelo menos o Ensino Médio completo. No entanto, a remuneração feminina é 27,3% inferior à masculina. As diferenças salariais ocorrem em todas as faixas de escolaridade.
O ano de 2017 foi marcado pelo alto índice de rotatividade, sendo desligados cerca de 2.371 trabalhadores e contratados 1.926. O resultado foi um saldo negativo de 445 empregos. Neste contexto, as empresas buscaram, por meio da rotatividade, diminuir a folha de pagamento, o que penalizou principalmente as mulheres, já que as diferenças salariais entre as admitidas e desligadas foi de 19,24%, enquanto entre os homens o percentual foi de 14,61%, o que representa clara desvalorização da mão de obra feminina.
Houve portanto, nos últimos anos, alguns avanços importantes, principalmente relacionados com a maior participação das mulheres no setor metalúrgico, no entanto, as diferenças salariais permaneceram bastante elevadas.