#Destaques | 10/06/2016
Sobre um frio intenso que marcou o início desta sexta-feira, dia 10, sindicalistas e representantes de movimentos sociais realizaram um ato contra a reforma da previdência, em Porto Alegre. Mobilizados em frente à sede do INSS, no centro da Capital, informativos foram distribuídos aos trabalhadores (as) que passavam pelo local, alertando para as propostas e reformas impostas pelo governo golpista de Michel Temer e que visam apenas a retirada de direitos.
O presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro, lembrou em sua fala que muitos trabalhadores ainda não compreenderam o significado do desmanche de alguns ministérios, como da Previdência Social, que representava 21% do orçamento da União. Ele ainda reforçou a luta dos estudantes e da juventude frente ao retrocesso dos governos tanto Estadual, quanto Federal. “A juventude está dando um banho de visão política e de organização, ocupando escolas, indo às ruas e resistindo”.
Isis Marques, Secretária Estadual de Mulheres da CUT-RS, reforçou que uma reforma na previdência, aos moldes do governo golpista de Temer, resultará em um cenário perverso às mulheres. “Igualar uma idade mínima para aposentadorias de homens e mulheres é um ato perverso”. Isis ainda lembrou que não é possível que se faça esta relação com a luta por direitos iguais, justamente porque não é uma relação de troca. “Muitas mulheres hoje estão à frente dos seus empregos e continuam com suas responsabilidades em casa, com a família”.
Simultaneamente, trabalhadores (as) da Refap, em Canoas, cruzaram os braços e paralisaram a produção por 24h. O Secretário de Finanças da CUT Nacional, Quintino Severo, fez ressalva ao ato dos petroleiros e reforçou que a paralisação é contra a abertura de exploração do Pré-Sal, proposta por José Serra enquanto senador e que hoje ocupa o Ministério de relações Internacionais. “Nós sempre tivemos ministros diplomatas neste campo, mas hoje, corremos sérios riscos com esse senhor que é o verdadeiro vendedor do Brasil”, disse Quintino.
Para o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, os movimentos de luta devem se espelhar nas mobilizações que ocorrem na França, contra as reformas trabalhistas impostas pelo governo. Para ele, “agora é a hora da verdade, de provar que os movimentos populares estavam certos quando alertaram que o impeachment era uma farça”. “Vamos continuar nas ruas, rumo à greve geral”, afirmou Nespolo.
Fonte: STIMMMEC