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#Notícias | 12/02/2015

Os trabalhadores metalúrgicos da indústria naval de Rio Grande fizeram uma grande manifestação a partir da madrugada desta quinta-feira (12) em defesa dos empregos naquele o Polo Naval. Com a Operação Lava-Jato, o número de empregos vem diminuindo, prejudicando as indústrias, o comércio e os serviços da região. Engevix, Queiroz Galvão, Iesa e Toyo Setal, as quatro empresas que gerenciam os estaleiros, são investigadas pela Polícia Federal (PF).

O ato foi organizado por manifestantes ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos da cidade e teve a adesão dos trabalhadores e trabalhadoras do transporte público e do comércio.

Os atos contra as demissões começaram ainda pela manhã. Por volta das 10h, manifestantes da Central Única de Trabalhadores (CUT), fizeram uma caminhada pelo centro da cidade. Houve bloqueios na BR-392, nos km 2 e km 8, na Ponte dos Franceses e Tergrasa. Apesar dos transtornos, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a manifestação foi pacífica e não houve qualquer incidente.

O movimento encabeçado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande tem apoio dos demais sindicatos da categoria, além do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), CUT, CTB, Conlutas, além dos sindicatos dos Bancários, Empregados no Comércio e Trabalhadores nas Indústrias.

“Queremos mostrar como Rio Grande ficará com a perda do polo naval. Ou a gente cai na rua agora e faz essa mobilização, ou pegamos a mochila e vamos embora para casa porque acabou tudo”, disse Benito Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande. Gonçalves recebeu ligação do deputado federal Henrique Fontana que se comprometeu a intermediar uma audiência em Brasília com o secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rosseto.

Rio Grande é o município gaúcho com os maiores investimentos da Petrobras no estado. Com a suspensão dos novos contratos com empresas citadas em denúncias de corrupção, o nível de atividade portuária diminui. O número de trabalhadores já caiu de 18 mil, em 2013, para 7 mil.

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Publicado em:12/02/2015

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