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#Destaques | 23/01/2014

Mais uma vez, dirigentes de nosso sindicato, do Instituto Integrar e da CUT participaram dos debates

O Fórum Mundial de Educação, que teve como mote a Pedagogia, Região Metropolitana e Periferias (FMEPRMP), encerrado no final da manhã desta quinta-feira, 23 de janeiro, teve como último debate o tema foi Gestão Democrática – A Educação como Direito Humano.

Mediado pelo dirigente sindical Claudir Nespolo, do Instituto Integrar e presidente da CUT-RS, o encontro teve a participação da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, do secretário de Imprensa da Federeción de Docentes de las Universidades (FEDUN), Marcelo Gonzalez Magnasco, da relações públicas e gerente de projetos da DW Internacional, da Jordânia, Alaa’Abu Karaki e do vice-prefeito e en-carregado pela área de Educação de Pikine, Região Metropolitana de Dakar (Senegal), Moussa Ndiaye.

O argentino Marcelo Gonzalez Magnasco agradeceu a Prefeitura de Canoas pela oportunidade e lembrou que não devemos tratar o sofrimento com algo natural. Falou também que as pessoas com menos oportunidades de trabalho acabam buscando emprego em outros países, citando imigrantes mexicanos que vão para os Estados Unidos. “O desafio é o processo de democratização da produção áudio visual”, lembrou Gonzalez. Para ele, a grande maioria das pessoas assiste muito cinema e TV a cabo norte-americana. Complementou dizendo que o sistema de distribuição não divulga de forma igual o cinema latino-americano. O monopólio da TV a cabo foi algo destacado por Gonzalez. “Quem controla as distribuições de filmes e canais de TV, controla nossa visão de mundo”, completou.

A jordaniana Alaa’Abu Karaki relatou os problemas políticos de seu país. Disse que a educação não é uma prioridade na Jordânia, embora as 20 vilas do país possuem educação para adultos. Outro problema é a pobreza que faz com que pessoas sejam obrigadas a sobreviver com renda mensal inferior a US$ 100,00. Complementou dizendo que os cursos profissionalizantes ajudam as mulheres de seu país a ter uma nova perspectiva de mundo e a possibilidades de ter uma vida com mais dignidade.

O senegalês Moussa Ndiaye situou o o seu país geograficamente para o público presente. Disse acreditar plenamente que um outro mundo é possível. Salientou a colonização francesa e o início da educação no Senegal, dizendo que isso era um objetivo dos colonizadores. Mostrou as condições precárias de ensino de seu país, embora alguns avanços foram conquistados nos últimos anos.

Representando o Brasil, a ministra Maria do Rosário, também destacou a época de escravidão no Brasil. Para ela, “a exploração de capital não tem compromisso com a classe humana e “as guerras e a violência atrasam o processo educacional”. Rosário falou dos avanços na educação, nos direitos humanos e nos direitos da classe trabalhadora nos últimos anos. Sobre a educação, a ministra falou da importância de se garantir melhor remuneração e condições de trabalho para os educadores. Ressaltou que a educação é um direito humano ao longo de toda a vida e que a escola deve ser acessível para que os alunos permaneçam nela e tenham educação de qualidade. Antes de encerrar, a ministra lançou o Caderno de Educação em Direitos Humanos.

No final, relatores apresentaram a síntese das conclusões do fórum elaboradas por 60 grupos de trabalho, divididos em seis. “A interatividade dos participantes foi intensa nestes três dias. Mesmo com o forte calor o trabalho foi muito bom e teve muitas ideias”, afirmou o coordenador da Secretaria-Executiva do Conselho Internacional do Fórum Mundial da Educação, o espanhol Albertx Sansano. Ele ressaltou, ainda, que o fórum mostrou como trabalhar nas áreas metropolitanas e periféricas, e como elaborar estratégias para aprofundar a democracia. “Foi debatido também a educação não só com a participação dos professores, mas com a participação dos pais e alunos”, enfatizou. Os organizadores agradeceram a todos que fizeram o FME um sucesso de organização e de público parti-cipante. No total, cerca de cinco mil pessoas de 15 diferentes países participaram de edição do FME.
Por: Geraldo Muzykant – Assessoria de Comunicação Social do STIMMMEC

 

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Publicado em:23/01/2014

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