#Destaques | 10/05/2019
A CUT-RS e centrais sindicais querem que o projeto de reajuste do salário mínimo regional para 2019 seja votado na sessão plenária da próxima terça-feira (14) na Assembleia Legislativa. A data-base do chamado piso regional é 1º de fevereiro.
“É uma pouca vergonha a demora dos deputados para a aprovação do reajuste, que beneficia cerca de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos do campo e da cidade, os que recebem os menores salários no Estado”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Não dá para esperar mais. A paciência de quem precisa do reajuste esgotou”, protesta.
Nespolo anuncia que “dirigentes sindicais farão na manhã da próxima terça-feira um corpo a corpo nos gabinetes dos deputados e farão plantão diante da sala da presidência da Assembleia para pressionar os líderes das bancadas, a fim de que o projeto seja finalmente votado no plenário da Casa”. A mobilização foi definida em reunião das centrais sindicais ocorrida nesta semana, em Porto Alegre.
Reajuste tem que ser igual ao mínimo nacional
O projeto, enviado com atraso e sem regime de urgência em 1º de abril pelo governador Eduardo Leite (PSDB) aos deputados, estabelece um reajuste de 3,4%, que repõe somente a inflação de 2018.
As centrais defendem a aprovação da emenda apresentada pela bancada do PT, em 5 de abril, que prevê o reajuste igual ao salário mínimo nacional, que foi de 4,61%. Com isso, a menor das cinco faixas salariais passaria de R$ 1.196,47 para R$ 1.251,65 e a maior subiria de R$ 1.516,26 para R$ 1.586,19.
O presidente da CUT-RS lembra que as centrais haviam reivindicado inicialmente um reajuste de 8,43%, como forma de resgatar a diferença de 30% acima do mínimo nacional vigente entre 2002 e 2004, conforme estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O piso regional sofreu uma perda de 3,65% no governo Sartori, aponta. “Temos que evitar o achatamento do mínimo regional”, defende Nespolo.
O secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antonio Güntzel, ressalta que “não podemos permitir, de jeito nenhum, que o reajuste fique abaixo do mínimo nacional”. Para ele, “achatar salários é muito ruim para os trabalhadores e péssimo para o aquecimento da economia gaúcha”.
Fonte: CUT-RS