#Notícias | 29/07/2015
Atividade aconteceu em vários estados do país e repudia as altas taxas de juros
No início da tarde dessa terça-feira, 28, a CUT-RS protestou contra a atual política econômica do governo, em frente ao Banco Central, em Porto Alegre. Cerca de 150 dirigentes de diversas categorias repudiaram os ajustes promovidos pelo atual ministro da Economia, Joaquim Levy.
A atividade ocorreu na mesma data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa Selic e a tendência é que ela sofra novo aumento, segundo Quintino Severo, secretário nacional de Administração e Finanças da CUT. O Brasil pratica as mais altas taxas de juros do mundo e para a CUT isso paralisa a economia, impede investimentos na produção e, consequentemente, tira empregos e direito dos trabalhadores.
Os sindicalistas reafirmaram a posição da Central e criticaram as constantes altas dos juros. “Temos que combater a inflação com desenvolvimento, com investimentos para gerar empregos. O problema é que o Banco Central tem influência nas decisões do governo e tem muitos banqueiros com lugares cativos no Copom”, disse o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Segundo ele, o atual modelo econômico é excludente e existem maneiras de enfrentar a crise e a inflação, sem penalizar a classe trabalhadora. “Precisamos de uma economia que incluía. Por que não taxar as grandes fortunas, acabar com a guerra fiscal? Além disso, a lista do HSBC e as empresas citadas na operação Zelotes precisam ser investigadas”, acredita Nespolo.
Para o servidor do judiciário, Marcelo Carlini, o modelo econômico adotado pelo governo é norteado pelo PMDB. “A Dilma não foi eleita para fazer essa política”, declarou ele. Já a bancária, Isis Marques, afirmou que os trabalhadores continuarão nas ruas lutando contra as medidas que prejudicam a classe trabalhadora. A sapateira, Angélica Nascimento, também repudiou as altas taxas de juros: “nos não vamos pagar essa conta”, afirmou.
Para protestar contra os rumos da economia no Brasil, foram realizados atos em diversos estados e em frente da sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, onde a CUT entregou um documento com propostas para enfrentar a crise.
Fonte: Renata Machado (CUT-RS)