#Destaques | 30/07/2019
Em plenária das centrais sindicais e dos movimentos sociais, ocorrida na última segunda-feira (29), na sede da Fecosul, no centro de Porto Alegre, foi definida a agenda de resistência e luta no próximo período, destacando-se o 13 de agosto, Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves contra a Reforma da Previdência, em defesa da educação pública e por empregos.
Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, UGT, CSP-Conlutas, CGTB, CSB e Intersindical, além de movimentos, como UNE, UEE, Marcha Mundial de Mulheres e Pastorais Sociais, dentre outros, e representantes do PT, PSol e PCdoB.
Em Porto Alegre, haverá uma concentração, às 16h, em frente ao Palácio Piratini, cobrando o fim dos ataques do governo Eduardo Leite (PSDB) aos servidores públicos e à venda de patrimônio público. “Não podemos deixar o governador passar de lombo liso, enquanto continua atrasando e parcelando salários, a exemplo do antecessor, e quer incluir os estados na reforma da Previdência para ferrar ainda mais os servidores”, disse o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antonio Güntzel.
Depois, será realizado um grande ato na Esquina Democrática, às 18h, e uma caminhada até o campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em defesa da aposentadoria e contra os cortes de recursos para escolas, universidades e instituições federais.
A data foi marcada inicialmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e recebeu logo o apoio das centrais e da União Nacional dos Estudantes (UNE) e demais movimentos e partidos de esquerda.
Ato no Aeroporto Salgado Filho
Para esquentar a mobilização, foi reforçada a necessidade de continuar pressionando durante o recesso em andamento os 22 deputados traidores da classe trabalhadora no primeiro turno de votação, denunciá-los nas mídias sociais, como a CUT vem fazendo, e seguir coletando assinaturas no abaixo-assinado contra a reforma da Previdência.
Acesse o site “Na pressão” e pressione!
Também foi confirmada a realização de um ato no Aeroporto Internacional Salgado Filho na próxima segunda-feira, dia 5 de agosto, às 19h, com o objetivo de fazer um corpo-a-corpo junto a esses parlamentares antes do seu embarque para Brasília, para que mudem o seu voto no segundo turno.
Nada ainda está decidido
O dirigente da CUT-RS salientou que o governo Bolsonaro (PSL) já teve que recuar em alguns pontos importantes da reforma, como a retirada do modelo de capitalização, como resultado das mobilizações de 15 e 30 de maio e da greve geral de 14 de junho, mas a proposta ainda continua sendo muito ruim.
Antonio destacou a permanência da idade mínima (65 para os homens e 62 para as mulheres), mudança nos cálculos para diminuir benefícios e valores das pensões para viúvas e até das aposentadorias por invalidez, além de tirar da boca de mais 13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada o abono salarial.
“Ainda não caiu a ficha de muita gente para as maldades dessa proposta, que não acaba com privilégios, como mentem o governo e a mídia comprada pelo mercado financeiro, mas acaba com o direito de se aposentar dos mais pobres, fará muitos brasileiros trabalharem mais para receberem menos e outros irão morrer trabalhando”, alertou.
Para o diretor da CUT-RS, se existir luta, haverá sempre esperança. Além disso, nada está decidido. “Temos ainda condições, enquanto não terminar o segundo turno na Câmara e a votação em dois turnos no Senado, de tentar impedir a aprovação dessa reforma, que é desumana, cruel e nociva e compromete o futuro da classe trabalhadora e do Brasil”, concluiu.
Fonte: CUT-RS