#Notícias | 28/10/2015
Na próxima quinta-feira, 29, às 10h, a CUT-RS e demais centrais sindicais irão entregar a pauta com a reivindicação de reajuste de 11,55% no piso regional a partir de 1º de janeiro de 2016 ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB). A decisão foi tomada durante a reunião das entidades realizada na tarde dessa terça-feira, 27, quando foi discutida a necessidade de intensificar a mobilização pelo reajuste do piso. “Vamos ampliar a pressão do movimento sindical e cobrar uma posição do parlamento”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, lembrando que a reivindicação foi entregue no último dia 13 ao secretário do Trabalho do governo Sartori, Miki Breieir. “Já se passaram mais de 15 dias e até agora não recebemos qualquer retorno do secretário do Trabalho e o projeto sequer foi enviado pelo Sartori aos deputados”, critica. Para Claudir, a valorização do piso é estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul, já que atinge 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos.
Após a audiência com Edson Brum, as centrais irão promover uma agenda de reuniões com as bancadas dos partidos na Assembleia para sensibilizar os deputados. Na última semana, esse movimento já começou com o diálogo com a bancada do PT. O presidente da CUT-RS aponta também a importância de realizar audiências públicas no interior do Estado para debater o piso regional com os trabalhadores e a sociedade gaúcha.
As centrais também estão planejando uma série de manifestações e um grande ato estadual para garantir a valorização do piso regional. Além disso, está sendo debatida uma campanha de mídia unificada, através das entidades sindicais, visando dialogar com a classe trabalhadora e pressionar o governo e os deputados.
O secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS, Antônio Guntzel, destaca que o índice reivindicado de 11,55% representa 1,56% de aumento real. O restante de 9,83% considera a média projetada para o crescimento do PIB do Brasil e do Estado, acrescidos da inflação do período levando em conta a projeção do INPC. “Não podemos retroceder, mas precisamos avançar na distribuição de renda e na inclusão social para combater as desigualdades e melhorar as condições de vida do povo gaúcho”, conclui Antônio.
Fonte: CUT-RS