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#Destaques | 11/01/2017

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A CUT-RS e centrais sindicais se reuniram com representantes do governo José Ivo Sartori (PMDB), na tarde desta quarta-feira (11), para tratar sobre a negociação do reajuste do salário mínimo regional de 2017, no Centro Admistrativo Fernando Ferrari. Representantes das entidades patronais estavam convidados, mas não compareceram.

 

Participaram da reunião o secretário do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, José Reovaldo Oltramari; do secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Ayres Apolinário e do secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco.

 

As centrais sindicais reivindicam um reajuste de 10,45%. Esse percentual é formado pela média ponderada dos acordos coletivos, de 8,8% e da reposição da perda de 1,52%, em função do reajuste concedido em 2016 por Sartori ter ficado pela primeira vez abaixo da inflação desde a criação do mínimo regional em 2001, no governo Olívio Dutra (PT).

 

 

 

Contribuição para sair da crise

 

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, expressou a importância do reajuste. “A valorização do salário mínimo regional é determinante para a distribuição de renda. E na conjuntura que enfrentamos atualmente, é item fundamental para sairmos da crise”, ponderou ele.

 

O dirigente disse ainda que as manifestações de federações empresariais apontam que a economia voltará a crescer no próximo período. “Portanto, um bom reajuste complementaria esse esforço de contribuição para enfrentar essa crise”, reforçou Claudir.

 

O supervisor-técnico do Dieese, Ricardo Franzoi, lembrou ao governo, que no último ano, eles utilizaram os dados da evolução do salário da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Este ano, o índice é de 13,4%.

 

 

Ainda, de acordo com Franzoi, o impacto do reajuste reivindicado pelas centrais na economia gaúcha seria cerca de 1 bi e 600 milhões e, para o governo, isso representaria mais de 800 milhões em arrecadação de impostos.

Para Claudir, “todos os indicadores recomendam que o governo envie para a Assembleia Legislativa um projeto que atenda o pleito das centrais sindicais.”

O secretário Oltramari garantiu que irá insistir numa conversa bilateral e que voltará a se reunir com as centrais sindicais. Ele acredita que o governo envie o projeto de reajuste do mínimo regional até o final do mês.

 

 

 

Documento

 

No dia 20 de outubro,  a CUT-RS e centrais sindicais entregaram ao governo do Estado a proposta de reajuste para o salário mínimo regional de 2017 e defenderam a marcação de uma audiência com o governador José Ivo Sartori (PMDB) para mostrar a importância dessa reivindicação dos trabalhadores para aquecer a economia gaúcha.

 

Além do reajuste, as centrais reivindicam a inclusão de novas categorias, a alteração de faixas para categorias que apresentam defasagem na faixa atual, a inclusão do chamado piso regional na Constituição do Estado e a garantia na lei como vencimento mínimo dos servidores públicos do Estado.

 

 

Mínimo Regional

 

O mínimo regional garante melhoria na distribuição de renda e na qualidade de vida de cerca de 1,7 milhões de gaúchos.

Além do Rio Grande do Sul, o mínimo regional também é adotado em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

 

 

Fonte: CUT-RS

Foto: CTB-RS

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Publicado em:11/01/2017

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