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#Notícias | 22/03/2017

 

 

Com 50 assinaturas, incluindo a de vários parlamentares da base do governo do presidente não eleito Michel Temer (PMDB), o requerimento de criação da CPI da Previdência Social foi protocolado no Senado nesta terça-feira (21). Defensor da Comissão Parlamentar de Inquérito, o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), afirma que a CPI vai demonstrar que o governo mente sobre o déficit da Previdência.

 

 

 

“O objetivo é apurar desvios de verbas, fraudes, sonegações e outras irregularidades no sistema que financia os benefícios do INSS. Vamos levantar os dados e mostrar ao Brasil que não há déficit que justifique esse crime que querem cometer contra os trabalhadores. Vamos provar que esse desmonte proposto por Temer é uma maneira de prejudicar os brasileiros”, resumiu Humberto.

 

 

 

De acordo com o senador, o colegiado será instalado em abril e vai funcionar, inicialmente, por três meses, presidido por Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento de sua criação.

 

 

 

Eram necessárias 27 assinaturas para a criação do colegiado, ou seja, chegou-se a 23 mais do que o necessário. Todas as 13 senadoras da Casa defenderam o requerimento de instauração da comissão, que vai apurar os efeitos de uma reforma que prejudica, principalmente, as mulheres. Humberto não acredita nos argumentos usados por Temer de que a solução para garantir a estabilidade financeira do país passa pelo desmonte total da Previdência Social.

 

 

 

Sua opinião está em sintonia com a maioria dos brasileiros. Quase 94% dos internautas entrevistados pelo DataSenado se manifestaram a favor da CPI. O líder da Oposição entende que a comissão parlamentar de inquérito vai ajudar no combate à sonegação e à fraude no sistema que financia os benefícios do INSS e apontar quais são as empresas com maiores dívidas com a Previdência e quanto devem.

 

 

 

O parlamentar ressaltou as principais mudanças nas regras inseridas na reforma proposta pelo governo federal e criticou a ideia de alterar o regimento de aposentadoria rural e das mulheres e de obrigar o trabalhador brasileiro a atuar por 49 anos para ter direito ao benefício integral.

 

 

 

“O presidente e seus asseclas, que se aposentaram cedo, ganhando muito, atingem em cheio o trabalhador brasileiro. A reforma desfaz conquistas históricas, elimina direitos consolidados, destrói esperanças e mata sonhos. Temos de impedir que esse desastre passe no Congresso Nacional”, afirmou.

 

 

 

Diante da falta de explicações do governo, Humberto apresentou, na última quarta-feira, requerimento no Senado cobrando informações do Ministério da Fazenda sobre a reforma da Previdência. Ele fez uma série de perguntas à pasta para que, no prazo de 30 dias, providencie as respostas acompanhadas de documentos comprobatórios.

 

 

 

(Fonte: Brasil 247)

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Publicado em:22/03/2017

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