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#Destaques | 11/10/2018

 

Representantes dos 29 sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) reuniram-se na manhã dessa quarta-feira (10) para debater ações de conscientização e esclarecimento junto à categoria para o segundo turno das eleições presidenciais. Também, com o auxílio dos advogados Lídia Woida e Lauro Magnago, do escritório Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados, discutiu-se as consequências da Reforma Trabalhista nos sindicatos, principalmente no que diz respeito à sustentação.

 
Para o grupo, o resultado das urnas no 1º turno das eleições representa a continuidade do golpe que retirou a presidenta Dilma Rousseff da presidência em 2016. Para Claudir Nespolo, ex-presidente da CUT-RS, Bolsonaro é o reflexo do descontentamento de grande parte da população com a política e com pautas ligadas à economia e à segurança pública. Para tanto, esclarecer e barrar o avanço da desinformação foram ações levantadas pelo grupo durante o debate.

 


Lídia Woida destacou que é preciso escutar as pessoas, entender os motivos de insatisfação e traçar o debate. “Existem maneiras de fazer o contraponto, com respeito, e com informações verdadeiras”. Neste sentido, a onda de notícias falsas, as chamadas Fake News, também se mostrou como um ponto preocupante aos sindicalistas. Samuel Chapper, assessor jurídico dos metalúrgicos de Pelotas, destacou a frente construída na região para reforça a campanha e combater a disseminação destas notícias, que inclui o acompanhamento de publicações e um serviço de rádio escuta.

 


Na véspera do primeiro turno, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a remoção de 35 notícias com conteúdo falso ou montagens grosseiras contra o candidato Fernando Haddad (PT). Segundo um levantamento da Agência Lupa, especializada em checagem de notícias, as 10 notícias falsas mais populares nas redes tiveram juntas 865 mil compartilhamentos no Facebook desde agosto. Todas elas são a favor de Bolsonaro ou contra seus concorrentes.
Nos encaminhamentos, o grupo tirou a necessidade de trabalhar em materiais específicos para chamar atenção a este e outros pontos importantes à categoria, como as propostas ligadas ao mundo do trabalho e também contra o avanço da violência e do ódio na sociedade.

 


Aplicação da Reforma Trabalhista

 
Em um segundo momento, os assessores jurídicos ouviram os presentes sobre a situação financeira e de atuação dos Sindicatos. Nos relatos, foram levantados pontos relacionados ao repasse das contribuições e mensalidades de trabalhadores (associados ou não) às entidades, que em muitas localidades não vem ocorrendo ou tem apresentado inúmeras falhas.
Por sua vez, Lídia Woida destacou que a aplicação das mudanças na legislação ainda se dá em um cenário de incertezas. Ela lembrou o caminho percorrido pela categoria no enfretamento às mudanças e reforçou o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) com a elaboração do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que prevê a possibilidade de discutir junto às categorias uma forma de custeio ao movimento sindical.

 
Outro destaque dado pela advogada foi em relação à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Nós temos que insistir neste instrumento junto aos trabalhadores. É a nossa garantia, está acima da lei”, lembrou.

 

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Texto e fotos: Rita Garrido – STIMMMEC

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Publicado em:11/10/2018

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