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#Destaques | 02/05/2016

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Centrais sindicais argentinas se uniram nesta sexta-feira (29), em Buenos Aires, para protestar contra as políticas do governo de Mauricio Macri e pedir soluções para a crise que afeta os trabalhadores do país. Cerca de 350 mil pessoas participaram do protesto, segundo os organizadores.

 

 

O ato, que antecipou as comemorações do Dia Internacional do Trabalhador, marcou o primeiro protesto sindical unificado no governo Macri das cinco centrais peronistas historicamente divididas: as três CGTs (Confederação Geral do Trabalho da Argentina – Alsina, Azopardo, e Azul e Branca), e duas CTAs (Central de Trabalhadores da Argentina – Autônoma e dos Argentinos). O protesto também teve adesão de vários partidos e organizações sociais.

 

 

Em frente ao Monumento ao Trabalho, representantes das centrais sindicais leram uma carta elaborada pelas cinco entidades.

 

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De acordo com o texto, o povo argentino vê com “preocupação” as medidas econômicas implantadas pelo governo da coalizão Cambiemos, do presidente Mauricio Macri, que se caracterizam pela “aceleração da inflação” e “transferência do custo [da crise] para as costas dos trabalhadores”.

 

 

As centrais criticam os setores do governo que estariam convencidos de que vão criar empregos com “medidas de estrita ordem financeira”. “Acreditamos que [essas políticas] são o regresso a receitas que tiveram tristes consequências”.

 

 

“Quem se beneficia com isso?”, questiona o documento.  “As empresas monopólicas de alguns setores e o setor financeiro”, acrescenta.

 

 

“Esse não é um ato contra o governo, é um ato a favor dos trabalhadores”, disse o secretário-geral da CGT, Azopardo, Hugo Moyano. ”Mas o que se puser na frente dos trabalhadores iremos enfrentar”, declarou.

 

 

As entidades respaldaram o projeto de lei de emergência ocupacional aprovado na quinta-feira (28) no Senado e que proíbe demissões de trabalhadores dos setores público e privado por seis meses. A medida será votada na Câmara dos Deputados na próxima semana.

 

 

“Se o governo vetar a lei de emergência laboral vai haver conflito, porque vamos radicalizar a luta e, se não escutarem, haverá paralisações também”, disse o secretário-geral da CTA Autônoma, Pablo Micheli.

 

 

Entre dezembro de 2015 (início do governo Macri) e março deste ano houve 141.542 demissões, de acordo com um informe do CEPA (Centro de Economia Política Argentina). Desse total, 52% correspondem a trabalhadores do setor privado e 48% de funcionários de empresas públicas.

 

 

As centrais pediram também respeito ao direito de greve sem que a polícia seja acionada, e a não interferência governamental nos sindicatos.

 

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Publicado em:02/05/2016

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