#Destaques | 22/11/2016
Sindicato realizou assembleias e entregou boletim informativo para a categoria. Mobilizações e paralisações ocorrem em todo o país nesta sexta-feira (11)
Para mobilizar os metalúrgicos e metalúrgicas da base, o Sindicato de Canoas e Nova Santa Rita realizou, na manhã desta sexta-feira (11) assembleias simultâneas em três fábricas: General Eletric, Midea Carrier e AGCO. As atividades, que integram o Dia Nacional de Greve e Mobilizações convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), tiveram como objetivo conscientizar a classe trabalhadora sobre os projetos que ameaçam direitos trabalhistas, sociais e previdenciários.
Em frente à General Eletric, antiga Alstom, o secretário geral do Sindicato, Flavio de Souza, alertou os/as trabalhadores/as sobre a importância de se mobilizar para barrar a retirada de direitos “De nada adianta conquistar bons ajustes salariais se não temos direitos garantidos”, e reforçou, “Não é mais o momento de se preocupar em perder meia hora de trabalho. O que está em jogo hoje é uma perda muito maior”, referindo-se a projetos como a terceirização e a prevalência do negociado sobre o legislado.
Sobre estas duas medidas, o vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, aprofundou: “A aprovação da terceirização sem limites, que permite que qualquer atividade dentro da empresa seja terceirizada, ou da prevalência do negociado sobre o legislado, que passa por cima das leis trabalhistas, é o que basta para provar pra vocês o tamanho da ameaça que estamos sofrendo”.
Na contramão de propor alternativas à crise que não ataquem os mais necessitados, como a taxar grandes fortunas ou combater a sonegação, o governo ilegítimo de Temer alega que os trabalhadores e trabalhadoras têm muitos direitos. “A CLT, que as entidades golpistas dizem estar ultrapassada, garantiu e ainda garante que tenhamos condições dignas de trabalho dentro das fábricas”, ressaltou o presidente Paulo Chitolina, que também reforçou as estratégias usadas para distorcer a ofensiva contra a classe trabalhadora. “A mídia quer nos fazer acreditar que a retirada de direitos é necessária, as instituições ligadas aos grandes empresários, assim como os políticos que tiveram suas campanhas financiadas por grandes empresas, querem nos fazer acreditar que o que está em curso é uma modernização da CLT, e o governo quer que acreditemos que temos direitos demais”. “Não vamos nos deixar enganar. Vamos resistir, tomar consciência e nos mobilizar antes que seja tarde demais”.
Trabalhadores e trabalhadoras também cruzaram os braços em frente à Midea Carrier e à AGCO e ouviram atentamente os esclarecimentos feitos. Na ocasião, a última edição do informativo A Vez e a Voz do Peão, que traz um apanhado de informações sobre os projetos que visam o retrocesso de direitos, foi entregue à categoria. No carro de som, dirigentes sindicais reforçaram a importância de acompanhar as publicações do Sindicato e buscar fontes diversas para a formação de opinião.
Fonte: STIMMMEC