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#Notícias | 13/08/2015

Empresa utilizou de segurança pública para abrir os portões

 

 

Com início na madrugada desta quinta-feira, 13, o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita realizou paralisação em frente à Liess, em Canoas. A mobilização faz parte da série de atividades que vem sendo realizadas pela entidade no decorrer das duas últimas semanas. Até o momento, cerca de sete fábricas receberam a visita do Sindicato, sendo que quatro paralisaram as atividades em todos os turnos do dia proposto.

 

Trabalhadores tomaram café em frente à fábrica na manhã desta quinta-feira / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Trabalhadores tomaram café em frente à fábrica na manhã desta quinta-feira / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

A Liess, que nesta semana anunciou demissões, tem como presidente um dos coordenadores da mesa de negociações da campanha salarial. O presidente do Sindicato, Paulo Chitolina, denunciou em frente à fábrica a maneira como a patronal guia as negociações do reajuste, muitas vezes não levando a sério os motivos apresentados pelo sindicato na defesa dos trabalhadores. Chitolina ainda ressaltou a atitude da empresa em tentar jogar os trabalhadores contra o sindicato, utilizando de segurança pública para garantir a produção e deslegitimar as ações do sindicato: “Nós não somos bandidos, muito pelo contrário, estamos lutando para conseguir um direito que já é garantido aos trabalhadores que é a reposição da inflação nos salários.”.

 

Presidente do Sindicato, Paulo Chitolina, falou durante assembleia em frente à fábrica / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

 

O secretário geral da entidade, Flávio de Souza, lembrou que foram os patrões que decidiram não negociar mais com o sindicato, após apresentar propostas com a inflação (8.34%), parcelada em duas vezes. “Eles se quer quiseram discutir aumento real neste ano e ainda tiveram a coragem de apresentar uma proposta com a segunda parcela sendo paga somente em 2016”, relatou. Com data base em maio, a categoria hoje luta para não ter perdas salariais, ou seja, para repor as perdas inflacionárias calculadas entre maio de 2014 à abril de 2015.

 

Secretário Geral, Flávio de Souza, atualizou os trabalhadores sobre as negociações da campanha / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Secretário Geral, Flávio de Souza, atualizou os trabalhadores sobre as negociações da campanha / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Criticando a postura de alguns diretores que forçam a entrada para ficarem de braços cruzados dentro da empresa, o vice-presidente do sindicato, Silvio Bica, orientou os trabalhadores a continuarem na assembleia, em um momento em que a direção, utilizando de segurança pública, forçou a abertura dos portões. Ainda assim, todos ficaram até o final da assembleia, que terminou sob aplausos. “Nós saímos daqui vitoriosos, assim como na Forjasul, onde paralisamos a produção até às 11h”, finalizou o presidente Chitolina.

 

Vice-presidente, Silvio Bica pediu que os trabalhadores permanecessem na assembleia, mesmo com a abertura dos portões / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Vice-presidente, Silvio Bica pediu que os trabalhadores permanecessem na assembleia, mesmo com a abertura dos portões / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

A atividade também contou com a presença de integrantes do Sindiliquida-RS e do Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo que, com data base no mês de agosto, inicia as negociações com uma inflação calculada em 9,81%.

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:13/08/2015

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